O mercado brasileiro acompanhou a reação externa quanto ao comunicado do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) que, hoje, como previam analistas, anunciou o aumento em 0,25% na taxa de juros naquele país, que agora passará a ser de 5%. Em seu comunicado, a autoridade monetária dos EUA deixou em aberto a possibilidade de mais ajustes na taxa para lidar com os riscos inflacionários. Diante desse quadro, a moeda norte-americana encerrou o dia sendo vendida no mesmo patamar de ontem, a R$ 2,061.

De acordo com a Reuters, após o anúncio da nova taxa norte-americana, o dólar passou a ganhar força diante de outras moedas, o que não se sustentou até o fechamento dos negócios (com o euro voltando a se valorizar). No Brasil, antes do anúncio, a moeda recuava diante do movimento contínuo de venda – empurrado pela confirmação do negócio entre o banco suíço UBS e o Pactual, o maior banco de investimentos do País, que foi comprado por US$ 2,5 bilhões.

Outro indicativo de que o ingresso de recursos no Brasil é mais forte do que a saída de dinheiro está na constante intervenção do Banco Central no mercado, que vem realizando diversas compras para tentar impedir mais quedas na cotação, o que não surtiu efeito até o momento. Hoje, foram aceitas 13 propostas no leilão de compra efetuado próximo ao fechamento, com taxa de corte a R$ 2,0605. Entre a última sexta-feira e ontem, estima-se que o BC comprou R$ 2,5 bilhões no mercado à vista.