O dólar abriu o mês de junho se aproximando do patamar de R$ 1,90, mesmo com uma atuação mais intensa do Banco Central para tentar frear a queda da cotação. A divisa norte-americana fechou o primeiro dia do mês vendida a R$ 1,902, “despencando” 1,25% em relação ao fechamento de quinta-feira (31 de maio). Conforme a Reuters, o valor é o menor desde 31 de outubro de 2000, sendo que, durante o pregão, o dólar chegou a ser vendido por R$ 1,90.

Analistas de mercado atribuíram ao constante ingresso de recursos a queda na cotação do dólar, quadro que vem se repetindo desde o início do ano. Em suas intervenções, o Banco Central adquiriu cerca de US$ 800 milhões no mercado à vista, e outros US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial reverso – equivalentes a compras futuras de dólar.

A migração de capital para o Brasil é atribuída às atrativas taxas de juros brasileiras, que estão entre as maiores do mundo. A entrada de recursos é motivada pela expectativa de desaceleração da economia norte-americana e a falta de perspectiva de alta nos juros naquele país, bem como das incertezas no oriente: em um só dia, a bolsa de Xangai (China) caiu 6,5% diante das ações do governo chinês para conter o superaquecimento do mercado. Os recursos que eram investidos na Ásia acabam aplicados no Brasil.