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Dólar cai pelo 4º dia e segue no menor nível em 3 anos
O dólar operava em baixa nesta quarta-feira e era cotado nos menores níveis desde maio de 2002. Às 12h05, a moeda norte-americana cedia 0,72% e era negociada a R$ 2,475.
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Segundo analistas, vários fatores no âmbito interno e externo ditam a trajetória de queda do dólar frente ao real.
"Primeiro você tem o euro mais forte (diante do dólar). E em segundo, localmente, você tem a não colocação dos swaps (invertidos)", afirmou Alexandre Vasarhelyi, responsável por câmbio no banco ING.
Nesta manhã, o dólar cedia frente ao euro e ao iene, um dia após o Federal Reserve (Fed) afirmar que as expectativas de inflação de longo prazo nos Estados Unidos permanecem controladas. O comentário gerou avaliações de que o ritmo do aperto monetário no país será mesmo gradual.
No front interno, o Banco Central informou na terça-feira que desistiu de vender contratos de swap cambial invertidos pela oitava semana consecutiva.
Vasarhelyi acrescentou que o bom desempenho dos títulos da dívida brasileira contribuíam para a valorização do real, além da notícia envolvendo o grupo Pão de Açúcar, "que é expectativa de ingressos futuros".
Nesta manhã, o grupo anunciou um acordo de divisão do controle societário com a empresa francesa Casino. Pelo acordo, o empresário Abilio Diniz transferirá ao Casino o equivalente a 20,3 bilhões de ações ordinárias da CBD e receberá US$ 200 milhões e mais R$ 1,029 bilhão.
"São todos os ventos a favor (de uma queda do dólar)", apontou o analista.
Para Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, além desses fatores, o principal motivo para a queda do dólar continua sendo o fluxo proveniente das exportações.
"A gente até percebe uma queda no fluxo financeiro, mas mesmo assim as exportações superam tudo", disse. "Enquanto a balança comercial continuar forte e o BC de fora, o dólar segue em baixa."
Ainda nesta quarta-feira, o Banco Central informa os dados sobre o fluxo cambial em abril, além da posição cambial dos bancos.
Terra