Mesmo com a intervenção direta do Banco Central do Brasil no mercado – através do leilão de compra à vista e da retomada das ofertas de contratos de swap reverso (equivalentes a compras futuras) – o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,14%, cotado a R$ 2,115, o menor valor desde 16 de março e a terceira baixa consecutiva. Na máxima do dia, a moeda chegou a ser comercializada a R$ 2,125. De acordo com a Folha Online, a queda de 3% no Risco-País (medido pelo JP Morgan para avaliar a confiabilidade de mercados mundiais quanto a investimentos), que chegou a 225 pontos graças ao resgate de títulos da dívida nacional foi um dos fatores que manteve o valor da divisa norte-americana em queda.

Os contratos de swap voltaram a ser vendidos após mais de um mês sem negociação. Nessa modalidade de negócio, a instituição que compra os títulos recebe a variação dos juros ao final do período de contrato, enquanto o BC ganha a variação do dólar. Ainda hoje, os investidores aguardam decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que irá divulgar o novo valor da taxa básica de juros no Brasil. Espera-se um novo corte de 0,75%, reduzindo a porcentagem para 15,75% ao ano – o que também pode influenciar a cotação nos próximos dias.