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Dólar cai ao menor nível dos últimos sete meses

Stênio Ribeiro, Agência Brasil - 09 de maio de 2009 - 07:18

Brasília - A moeda norte-americana encerrou a semana cotada a R$ 2,071, o menor patamar dos últimos sete meses. Foi a terceira desvalorização seguida do dólar, que caiu 1,8% ontem (8). O valor da moeda teria caído ainda mais se o Banco Central não tivesse realizado leilão para compra de dólares, no início da tarde.

A última intervenção dessa natureza, realizada pela autoridade monetária, foi no dia 10 de setembro do ano passado, quando ainda não se sentia os efeitos mais adversos da crise financeira internacional.

O BC anunciou o leilão de compra no final da manhã, quando a cotação do dólar tinha baixado a R$ 2,069 em virtude de especulações sobre forte entrada de recursos externos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Bovespa fechou o pregão de hoje com alta de 1,96%, o mesmo aumento do Índice Dow Jones de Nova Iorque.

Foi a segunda vez nesta semana que o BC interveio no mercado de câmbio para segurar a cotação da moeda norte-americana. Na última terça-feira (5), o BC realizou leilão de swap cambial reverso e retirou US$ 3,412 bilhões do mercado, provocando a única alta do dólar na semana, de 0,84%.

O BC não admite, porém, que as intervenções tenham sido feitas com essa intenção, como afirmou ontem (7), no Rio de Janeiro, o diretor de Política Econômica, Mário Mesquita.

Hoje, o Banco Central divulgou nota em que contesta as afirmações de que realizou o leilão para provocar alta na cotação do dólar. A autoridade monetária remete, inclusive, a outra nota, divulgada em janeiro de 2004, quando o BC divulgou sua estratégia de atuação no mercado cambial.

O BC afirma que faz parte dessa estratégia realizar compras de divisas no mercado com o objetivo de recompor as reservas internacionais do país. Ainda relembrando texto da nota de 2004, o banco destacou que não se comprometeria a alcançar nenhuma meta específica no processo de aquisição de divisas, embora tivesse por objetivo aumentar as reservas do país no médio prazo.

A política de compra de divisas, justifica o Banco Central, baseia-se nas condições de liquidez e tem como objetivo não trazer volatilidade ao mercado cambial, nem interferir na tendência de flutuação da taxa de câmbio.

“Tal política trouxe benefícios inegáveis para a economia, permitindo o enfrentamento da mais severa crise financeira observada na economia mundial desde os anos 30 do século passado, sem rupturas de política nem descumprimento de contratos. Foi o volume das reservas internacionais que permitiu, e ainda permite ao Banco Central, suprir liquidez em segmentos, como no financiamento do comércio exterior, aonde a atuação do setor privado ainda não se normalizou", diz a nota.


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