Apesar do clima desfavorável no cenário externo, causado pelos confrontos no Oriente Médio, o dólar encerrou a terça-feira em queda de 0,59%, cotado a R$ 2,193. Mesmo a máxima do dia esteve abaixo da cotação de ontem, com a moeda sendo comercializada a R$ 2,204 (baixa de 0,09%). Analistas ouvidos pela Reuters ressaltaram que, diante dos bons fundamentos da economia nacional, as atenções de investidores estavam voltadas para os confrontos entre Israel e Líbano.

Além disso, o front internacional manteve-se dominado pela expectativa sobre dados da inflação norte-americana, e pelo discurso de amanhã do chairman do FED (Federal Reserve), Bem Bernanke.

No mercado interno, a expectativa é para a nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), iniciada hoje e que deve definir até amanhã um novo corte na taxa de juro básico, a Selic. O mercado trabalha com a hipótese de que a autoridade monetária efetuará um novo corte de 0,5%. Na manhã de hoje, o Banco Central realizou um novo leilão de compra de dólares, aceitando até 13 propostas com taxa de corte a R$ 2,1985. Observadores ouvidos anteriormente chegaram a afirmar que as compras diárias do BC têm sido feitas para tentar se evitar maiores quedas do dólar, em volumes que chegam a até US$ 300 milhões por leilão.