O fluxo cambial positivo, causado pela atração que os juros brasileiros exercem sobre investidores estrangeiros, foi mais uma vez o determinante para a queda na cotação do dólar, que nesta quarta-feira (4 de abril) chegou a ser vendido a R$ 2,028. Porém, próximo do fechamento, a moeda esboçou uma pequena recuperação, encerrando o dia de negócios vendida a R$ 2,034 – desvalorização de 0,15% em relação ao valor de terça-feira.

Segundo a Reuters, o preço de venda da moeda é o menor desde 6 de março de 2001 – marca já batida no pregão de ontem e renovada durante os negócios do dia. Analistas de mercado ressaltaram que o fluxo cambial positivo influencia diretamente a cotação. Segundo o Banco Central, no mês de março, o fluxo foi positivo em US$ 6,647 bilhões.

Mesmo as informações negativas a respeito da economia norte-americana, também determinantes no movimento de negócios ao redor do mundo, não chegaram a influenciar de forma intensa a cotação. O índice do setor de serviços nos EUA ficou em 52,4 em março, enquanto a previsão era de 55.

Operadores informaram que, caso o Banco Central não venha a alterar para baixo a taxa de juro brasileira, a cotação do dólar deve baixar de R$ 2 ainda em abril. A Selic brasileira está fixada em 12,75% ao ano, o que serve para aumentar a presença de investidores estrangeiros no País, ao mesmo tempo em que o Risco-Brasil continua próximo aos menores níveis históricos.

O Banco Central realizou mais uma vez leilão de compra de dólares, aceitando pelo menos sete propostas. A ação serviu para desacelerar a queda da cotação.