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Dólar baixo impulsiona venda de computadores

30 de maio de 2007 - 15:16

Embalados pelo dólar baixo, que barateia o preço das peças importadas, e por programas de incentivo governamentais, as redes de varejo têm incrementado as vendas de computadores, que já beiram os R$ 900.

Diante de máquinas 13,23% mais baratas --dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial) que consideram os últimos 12 meses encerrados em abril--, o consumidor consegue escolher modelos mais atraentes e com mais funções sem gastar mais por isso.

Entre os modelos mais simples, que têm a configuração dentro do programa "Computador para Todos", podem ser encontrados em média a R$ 999. Em maio do ano passado, o mesmo modelo era encontrado a R$ 1.199.

A rede de supermercados Extra oferece um PC-TV, com processador de 2,66 GHz, com 256 MB de memória, placa de vídeo, HD de 80 GB, além de leitor de DVD, gravador de CD, sistema operacional Linux a R$ 999. Ele também sintoniza rádio e TV e tem um monitor de 15 polegadas.

"O dólar tem ajudado no ganho de configurações a preços melhores", afirma Avelino Nogueira, gerente de compras de informática do Grupo Pão de Açúcar (que engloba as lojas Extra).

Segundo Cesar Aymoré, diretor de marketing da Positivo Informática, os preços de computadores tiveram uma redução de 9% nas últimas três semanas. "O dólar afeta o preço à vista, mas é preciso lembrar que 70% dos computadores vendidos no varejo são vendidos por financiamento", diz Aymoré.

Outro fator que favorece artigos de informática a preços mais em conta é a própria necessidade de reposição tecnológica, que faz cair o preço de artigos mais antigos, sendo que eles perdem os atrativos ao aparecer algo mais novo.

A rede varejista Wal-Mart, por exemplo, informa que aumentou a parcela de consumidores entusiasmados com a troca por modelos mais sofisticados. Segundo o grupo, a redução do dólar tem refletido na melhora da configuração do micro com manutenção dos preços. Um computador Celeron D 331, HD de 80 GB, com gravador de DVD e Windows Vista, teve sua memória ampliada de 256 MB para 512 MB, com o preço mantido em R$ 1.096 à vista.

Enquanto o Wal-Mart teve um aumento de vendas nos computadores de 15% em maio na comparação com abril, no Pão de Açúcar, segundo Nogueira, as vendas de computadores em maio cresceu mais de 40%.

Para Valeria Molina, diretora da Área de Sistemas Pessoais da HP Brasil, a tendência é de crescimento também das vendas de notebooks nos próximos meses, impulsionadas pela base dólar baixo e reposição tecnológica. "A penetração de notebook no Brasil é muito pequena: 11%. No Chile, ela chega a 35%", diz.

'O dólar tem ajudado muito, mas não é o único, temos outros fatores que contribuíram bastante. Algumas medidas que o governo vem tomando, como a isenção PIS/Cofins para computadores e notebooks, ajudaram a migração de um mercado mais informal', diz Valeria Molina.

Cuidados em empréstimos

A Pro Teste, órgão de defesa do consumidor, orienta os consumidores a avaliarem com cuidado as condições de empréstimo para a compra do computador popular do programa "Computador para Todos", por bancos oficiais.

Além do valor da compra, deve-se verificar o custo de abertura de uma conta corrente (para quem não é correntista), que gera custo mensal de manutenção, o valor da taxa de abertura de crédito e outras taxas que podem estar associadas ao crédito.

Pelo programa, é financiada a compra de microcomputadores até o valor de R$ 1,4 mil, com taxa de juros de 2% ao mês, totalizando 26,8% ao ano. A tarifa de abertura de crédito é em torno de 3% do valor da compra. A primeira parcela vence 59 dias após a contratação. O prazo máximo de pagamento é de 24 meses.

Os computadores financiáveis devem ter o selo do programa 'Computador para Todos' e configuração mínima preestabelecida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

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