Em sua terceira alta consecutiva, a cotação do dólar disparou nesta quinta-feira, ultrapassando o patamar dos R$ 2,20 pela primeira vez desde julho. A divisa norte-americana subiu 1,38% e fechou o dia vendida a R$ 2,208. Segundo a Reuters, a variação foi fruto de um movimento de aversão de risco que atingiu os países emergentes, e também devido ao cenário eleitoral mais tenso no Brasil. Na semana, o dólar acumula alta de 2,84%.

A agenda dos operadores de mercado se viu atingida em cheio pela preocupações com o crescimento econômico global e dos Estados Unidos, desdobramentos da crise na Tailândia após o golpe de Estado e informações de que um fundo norte-americano perdeu milhões de dólares com apostas erradas no mercado de gás natural. No cenário nacional, o dossiê envolvendo o candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), no esquema de compras superfaturadas de ambulâncias, e um suposto envolvimento do PT na “venda” desses documentos à imprensa desagradaram os investidores.

A agitação afastou o Banco Central do mercado. O leilão de compra de dólares, realizado consecutivamente nos últimos 54 pregões, não ocorreu nesta quinta-feira. Porém, espera0se que amanhã seja realizada uma nova operação, para rolagem de títulos de swap reverso que estão prestes a vencer (e que totalizam US$ 1,57 bilhão). O Risco-Brasil, por sua vez, subiu 17 pontos, chegando a 245 pontos.