Os ajustes de posições de investidores estrangeiros no mercado brasileiro e o cenário desfavorável no âmbito internacional influenciaram a cotação do dólar durante a semana, impulsionando a moeda a se valorizar 0,42% desde a última segunda-feira. Nesta sexta-feira (17 de novembro) esses elementos voltaram a pressionar a cotação, com a divisa norte-americana encerrando o dia de negócios vendida a R$ 2,161, em alta de 0,37% em relação à ontem.

Segundo a Reuters, os investidores estrangeiros passaram a comprar mais dólares nas últimas sessões, pressionando o câmbio. Mesmo assim, analistas consideram que esse movimento não tem sido capaz de atingir o fluxo cambial, que segue positivo. O motivo seria a política de juros altos e ingresso de recursos via exportações. Além disso, dados consistentes sobre a economia brasileira motivam o mercado: hoje, foi divulgado que a balança comercial deste mês registrou superávit de US$ 39,155 bilhões até a segunda semana de novembro.

Apesar desses pontos favoráveis, os dados da economia global pesaram contra os emergentes. Dentre eles, o recuo de 14,6% na construção de moradias nos Estados Unidos, o que indica desaquecimento da construção civil naquele país. A queda no preço das commodities, como o petróleo, também influencia os negócios. O Risco-Brasil subiu seis pontos hoje, chegando a 220 pontos básicos sobre os Treasuries dos EUA.

Apesar da alta do dólar, o Banco Central do Brasil realizou seu leilão diário de compra da moeda. Relato de operadores apontam que o BC aceitou entre duas e quatro propostas.