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Dividas: Prejudicados pela aftosa em MS terão mais prazo

Lana Cristina/ABr - 10 de novembro de 2005 - 19:28

O governo federal dará apoio aos produtores do Mato Grosso do Sul que tiveram prejuízos causados pela febre aftosa. Dará uma bolsa alimentação no valor de R$ 300, prorrogação das dívidas junto ao Banco do Brasil e bolsa estiagem para agricultores familiares e assentados. As medidas foram anunciadas hoje (10) pelo coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial de Febre Aftosa, Luiz Gomes de Souza, em Campo Grande.

Integrantes do grupo interministerial estiveram ontem (9) em Japorã, município que registra o maior número de focos da doença, onde se reuniram com representantes do governo estadual e do setor produtivo. De acordo com Gomes, 1.600 famílias vão receber a bolsa alimentação por três meses, prorrogáveis por mais três meses, caso o estado de emergência sanitária se prolongue. Mato Grosso do Sul tem cinco municípios definidos como área de risco sanitário – Japorã, Eldorado, Mundo Novo, Iguatemi e Itaquiraí – todos interditados para o trânsito de animais vivos, carnes industrializadas, leite e produção agrícola.

O governo vai também prorrogar o pagamento das dívidas de agricultores familiares e assentados que tomaram empréstimos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, técnicos dos governos federal e estadual vão estudar caso a caso para verificar os que registraram perdas por causa da aftosa e que têm parcelas atrasadas. O Banco do Brasil contabiliza mais de 1,5 mil operações de financiamento do Pronaf, no valor de R$ 8,3 milhões, na área interditada.

Para o pagamento da bolsa estiagem, o governo federal contará com o apoio do governo estadual e das prefeituras. Três mil agricultores familiares e assentados serão beneficiados com o bolsa estiagem e também com cestas básicas. Cerca de 1,8 mil pessoas desempregadas na área urbana – a maioria demitida de frigoríficos que deixaram de abater desde o início de outubro – também receberão ajuda. Elas vão receber a bolsa alimentação de R$ 300, além do seguro-desemprego determinado por lei.

O governo estuda ainda a possibilidade de beneficiar com a bolsa-alimentação produtores de melão, melancia e abóbora que tiveram prejuízo com o isolamento dos municípios. Os recursos para a ajuda aos produtores do Mato Grosso do Sul estão assegurados pela Medida Provisória 265, que prevê indenização de pecuaristas que tiveram gado sacrificado, para produtores de leite que tiveram perdas e para ações de vigilância sanitária no estado por causa dos focos da aftosa. A MP assegurou crédito extraordinário de R$ 33 milhões para todas estas ações.

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