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Dívida líquida do setor público cresceu R$ 2 bi

Stênio Ribeiro/ABr - 28 de maio de 2004 - 13:25

A dívida líquida do setor público alcançou R$ 926,398 bilhões, no mês de abril, com crescimento de R$ 1,954 bilhão, na comparação com março, mas caiu de 57,3% para 56,6% na relação com o Produto Interno Bruto (PIB), conforme revela o relatório mensal sobre Política Fiscal distribuído pelo Banco Central.

O documento do Departamento Econômico do BC informa que o superávit primário de R$ 11,9 bilhões obtido pelo setor público não-financeiro, foi mais do que suficiente para cobrir os juros nominais apropriados no mês passado, no valor de R$ 9,904 bilhões. A variação negativa da dívida em 0,21% deveu-se ao impacto da desvalorização cambial sobre a dívida externa e sobre a dívida mobiliária indexada ao dólar.

O bom resultado do setor público não-financeiro decorre da soma dos saldos obtidos pelo Governo Central (governo federal, INSS e BC) no valor de R$ 7,6 bilhões, por estados e municípios com R$ 1,8 bilhão e pelas empresas estatais com R$ 2,5 bilhões.

No acumulado janeiro-abril, o superávit atingiu R$ 32,4 bilhões (6,35% do PIB), ultrapassando com folga a meta oficial de 4,25% do PIB. O Governo Central respondeu por R$ 25,5 bilhões (5% do PIB), os governos regionais por R$ 6,6 bilhões (1,3% do PIB) e as estatais por R$ 269 milhões (0,05% do PIB).

A dívida mobiliária federal fora do BC, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 767,7 bilhões (46,9% do PIB). Houve aumento de R$ 7,8 bilhões (1,03%) em relação ao mês anterior, provocado por resgates líquidos de R$ 3,7 bilhões em títulos somados à incorporação de R$ 9,2 bilhões em juros e à depreciação de 1,2% do real em relação ao dólar norte-americano.

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