A dívida líquida do setor público caiu, em setembro, pelo terceiro mês seguido, e somou R$ 940,540 bilhões, equivalentes a 53,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto, os números chegaram a R$ 941,313 bilhões (54% do PIB) e registraram uma queda nominal de R$ 8 bilhões no trimestre julho/setembro.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório mensal sobre política fiscal, disse que o superávit primário de R$ 6,044 bilhões no mês passado e o ganho cambial de R$ 5,6 bilhões superaram os R$ 11,5 bilhões de juros nominais apropriados, contribuindo para a redução de R$ 800 milhões do estoque da dívida. Com isso, a proporção dívida/PIB já caiu 5 pontos percentuais no ano, segundo ele, em razão do próprio crescimento do PIB e dos superávits primários, em contraposição ao acréscimo dos juros apropriados.

Houve aumento real, porém, em relação à dívida bruta do governo (União, Previdência e governos regionais), que alcançou R$ 1,299 trilhão (74,3% do PIB) em setembro, comparado à soma de R$ 1,291 trilhão (74,1% do PIB) de agosto. A expansão foi determinada, principalmente, por emissões e capitalização da dívida mobiliária federal que totalizou R$ 771,3 bilhões, com elevação de 9,5 bilhões no mês.