O total de títulos da dívida interna brasileira alcançou a cifra de R$ 873,83 bilhões no mês de abril. O montante cresceu 7,84% nos últimos quatro meses e 16,76% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados hoje pelo Tesouro Nacional. A chamada Dívida Pública Mobiliária Federal Interna é a soma dos débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país.

Segundo a nota do Tesouro Nacional, a participação dos títulos da dívida corrigidos pela taxa básica de juros (Selic) aumentou de 57,7%, em março, para 59,2% (R$ 517,01 bilhões), enquanto a parcela de papéis prefixados caiu de 21,52% para 20,25% (R$ 176,96 bilhões) e a de títulos com correção pelo câmbio foi reduzida de 4,23% para 3,95% (R$ 34,53 bilhões). Os R$ 145,32 bilhões (16,63%) restantes têm correção por índices de preços e pela Taxa Referencial (TR).

O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Ronnie Tavares, destacou que a elevação em relação ao mês anterior foi pequena. O volume subiu de R$ 873,61 bilhões, em março, para R$ 873,83 bilhões, em abril.

Segundo ele, esse pequeno crescimento da dívida em abril na comparação com março decorre basicamente dos resgates de títulos federais. O governo resgatou R$ 9,3 bilhões, mas esse impacto foi quase totalmente neutralizado pelo pagamento de juros no mês, em volume equivalente, acrescentou.

Em abril, as emissões de títulos do governo somaram R$ 36,3 bilhões, contra resgates que chegaram a R$ 45,3 bilhões. A diferença contribuiu para aumentar a dívida. O Banco Central leiloou Letras do Tesouro Nacional (LTNs) com vencimento em outubro próximo, com o objetivo de reduzir o excesso de liquidez bancária, conforme ressaltou o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto, Ivan Luiz de Oliveira Lima.