A dívida externa consolidada do país caiu US$ 9,701 bilhões no mês de julho, em relação à posição do mês anterior. Baixou de US$ 191,309 bilhões para US$ 181,608 bilhões – o nível mais baixo desde dezembro de 1996, quando era de US$ 173 bilhões, segundo afirmou hoje (28) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Ele divulgou o relatório de setembro sobre Política Externa, e disse que a dívida de curto prazo soma US$ 16,406 bilhões, enquanto os compromissos de médio e longo prazos chegam a US$ 165,202 bilhões. A redução, segundo ele, decorre do pagamento dos bônus Euro 2005, no valor de US$ 1,5 bilhão; Global 2005, de US$ 1 bilhão; mais antecipação de liquidação de US$ 5 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Altamir relacionou, ainda, as saídas líquidas de US$ 1,1 bilhão por parte do setor privado, no endividamento de longo prazo, ao mesmo tempo em que os bancos comerciais reduziram US$ 349 milhões das obrigações de curto prazo em moedas estrangeiras – basicamente linhas de créditos comerciais e saques a descoberto.

O relatório do BC mostra, também, que houve melhora na posição das reservas internacionais, que aumentaram US$ 1,932 bilhão no conceito de liquidez e somam, agora, US$ 57,008 bilhões. Resultado da reabertura do bônus Global 2025, no valor de US$ 1 bilhão, e do lançamento do Bônus Global 2016 – primeiro lançamento soberano em reais – no valor de US$ 1,5 bilhão, contra despesas líquidas de US$ 568 milhões nas operações externas.