A dívida da Previdência de R$ 12,3 bilhões com 1,98 milhão de aposentados corresponde à diferença do índice de reajuste aplicado nas aposentadorias concedidas de março de 1994 a fevereiro de 1997.

Nesse período, em vez de aplicar o IRSM (Índice de Reajuste do Salário Mínimo), a Previdência utilizou a URV (Unidade Real de Valor) para calcular os benefícios previdenciários.

A troca de indicadores provocou uma diferença no valor da aposentadoria de 39,67% no caso de quem se aposentou em março de 1994.

Esse percentual vai caindo mês a mês, chegando a 2% para quem teve benefício concedido em março de 1997. Ou seja, a diferença é maior para as aposentadorias concedidas em 1994 e vai decrescendo até chegar a fevereiro de 1997.

Pelos cálculos da Previdência, o impacto do pagamento dos atrasados daria um pagamento médio de R$ 6,5 mil, por segurado.

Além do pagamento dos valores atrasados, a correção dos benefícios custará anualmente cerca de R$ 2,3 bilhões ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). É esta diferença que o governo quer tirar da contribuição previdenciária paga pelos empresários.