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Discussão sobre troca de extintor será ampliada

Agência Câmara - 14 de abril de 2005 - 15:39

Os integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor conferiram nesta manhã os extintores de incêndio utilizados nos automóveis brasileiros, mas ainda não estão decididos sobre a substituição proposta pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Depois de acompanhar testes realizados pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o presidente da Comissão, deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), anunciou que o assunto será mais amplamente discutido. Os parlamentares esperam agora um laudo detalhado dos testes para debater a substituição imposta pelo Contran em audiência pública na próxima terça-feira (19).

Diferenças
A Resolução 157 do Contran estabelece prazo até o fim de 2009 para que os motoristas substituam os extintores do tipo "BC" - utilizados em carros fabricados antes de 2005 - pelos do tipo "ABC". Os testes realizados demonstraram que o modelo sugerido pelo Contran é mais rápido que o modelo antigo. Em um dos experimentos, o extintor "BC" apagou o fogo ateado em um banco de automóvel, mas o conteúdo do tubo foi totalmente consumido. Já o ABC precisou de apenas um jato para apagar chamas semelhantes.
De acordo com o presidente do Contran, Ailton Pires, o extintor "ABC" é mais eficiente. "Com o novo extintor, nós temos condições de apagar todas as origens de incêndio, seja papel, tecido, madeira, plástico, combustível ou ainda na parte elétrica", explicou.
A diferença entre os dois modelos é que o "ABC", feito de fosfato monoamônico (um tipo de fertilizante agrícola), também apaga os incêndios do tipo "A", de materiais sólidos, tais como revestimentos, estofamentos, pneus e painéis. O extintor "BC", feito de bicarbonato de sódio, apaga os princípios de incêndio a partir de líquidos inflamáveis (tipo "B"), como combustíveis, e os formados a partir de corrente elétrica (tipo "C").

Troca facultativa
Na opinião de Fleury, se os dois tipos de extintores funcionam, a troca não deveria ser obrigatória, mas facultativa. Ele lembrou que o custo dos novos extintores chega a ser quatro vezes maior que o do atual. Um extintor do novo padrão custa hoje cerca de R$ 60 e tem validade de cinco anos. O extintor "BC", por sua vez, custa em torno de R$ 30 e vale por três anos. Um e outro só podem ser utilizados se tiverem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Reportagem - Geórgia Moraes e Carolina Nogueira
Edição - Noéli Nobre

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