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Dirigente do São Paulo vê problemas para manter elenco
Menos de 24 horas depois de conquistar o Mundial de Clubes, no Japão, e o São Paulo já começa a pensar nos futuros problemas que pode enfrentar referente a permanência dos jogadores tricampeões mundiais. Diego Lugano, por exemplo, declarou hoje ao Terra Esportes que não sabe se continuará no Tricolor durante a próxima temporada.
Acho que é muito cedo para saber o que acontecerá. Mas sei que ser campeão do mundo tem uma repercussão muito grande, afirmou o zagueiro uruguaio, que, após a conquista da Taça Libertadores da América, tornou-se alvo de assédio de clubes europeus, como o Sevilla, Real Madrid e o próprio Liverpool. Se antes já estavam atrás de mim, imagina agora. Diminuir o número de interessados é que não vai, reiterou o jogador.
A diretoria do São Paulo já acredita em uma debandada dos campeões. A ponto do superintendente de Futebol do clube, Marco Aurélio Cunha, prever um ano difícil para o time em 2006. Apesar de o presidente [Marcelo Portugal Gouvêa] achar que dá para manter o elenco, um ou outro deve sair. De qualquer forma, deve ser um ano muito difícil para o São Paulo, porque vamos ter de planejar tudo de novo e contornar todo esse assédio em cima dos jogadores, que se valorizaram com a conquista.
Pelo menos três nomes devem dizer adeus ao Tricolor na próxima temporada: Cicinho já é considerado jogador do Real Madrid, uma vez que os espanhóis já pagaram pelo direito de compra do lateral direito. O contrato do atacante Amoroso com o São Paulo vai até 31 de dezembro, sendo que o jogador já teria um pré-contrato para atuar no Japão. A permanência de Lugano, por sua vez, deve ser garantida no máximo até julho.
Superstição Cunha lembrou de um aspecto curioso para os times brasileiros que, após lutarem pelo título mundial, enfrentaram maus momentos. O Vasco veio aqui [1998], perdeu [2x1 para o Real Madrid] e está sempre na zona de rebaixamento agora. O Palmeiras (1999) e o Cruzeiro (1997) também vieram e caíram muito de rendimento depois. É complicado, disse o dirigente.