O vice-presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eeduardo Riedel, criticou o Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009, anunciado nesta quarta-feira, dia 2, em Curitiba (PR). Na opinião dele, as medidas não trazem resultados concretos nem tratam de maneira mais profunda os principais problemas do setor.

- Temos de olhar a situação de maneira global. O plano não enxerga isso. Coloca a disposição uma situação que não se transforma em realidade ao não contemplar a situação como um todo.

Riedel cobrou reforço na política de seguro rural. Na avaliação dele, não basta apenas garantir recursos de subvenção ao prêmio pago pelos produtores. É preciso também melhorar a estrutura do sistema que protege contra perdas de safra. O dirigente chamou a atenção também para os problemas na infra-estrutura do país.

Sobre o volume de crédito para o financiamento da produção na próxima temporada, Eduardo Riedel avaliou que o aumento nominal nos recursos não tem efeito. O problema não está no montante, mas no acesso ao crédito.

- Há restrições sérias. O produtor está com dificuldade de chegar na agência, renegociar suas dívidas e manter acesso ao crédito.

O vice-presidente da Famasul destacou que a situação tem levado o agricultor a procurar alternativas de financiamento da produção que são mais caras e afetam a rentabilidade.