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Diretora da Firjan prevê "dias difíceis" para o setor

Isabela Vieira, ABr - 10 de março de 2009 - 16:00

Rio de Janeiro - A acentuada retração da atividade industrial, verificada no último trimestre de 2008, pode se estender. A avaliação é da diretora de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana de Sá. Segundo ela, a crise financeira mundial causou grande impacto no setor e as estatísticas de 2009 indicam “dias difíceis”.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (10) o Produto Interno Bruto (PIB) e revelou a maior queda da indústria na comparação trimestral nos últimos doze anos. O setor teve retração de 7,4% no último trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior.

A diretora lembra que, no acumulado do ano, a indústria teve um crescimento satisfatório com avanço de 4,3% em 2008 contra 4,1%, em 2007. No entanto, destaca que o resultado do último trimestre, com a redução do crédito e da confiança no mercado transmitem uma “grande preocupação com o que vai acontecer”. “A incerteza é muito grande”, afirmou.

“O nível da atividade continua baixo neste início de ano. As estatísticas de janeiro mostram redução na produção e nas vendas. O mundo, que é a grande preocupação, está indo mal. Então, claramente teremos um ambiente de restrição de crédito internacional como um todo com previsão de redução da demanda”, disse. "Como a confiança é algo difícil de retomar, também não podemos contar com a demanda interna, que, de um lado, depende do crédito, e, de outro, da confiança”.

A diretora da Firjan avalia também que o cenário econômico não admite soluções de curto prazo. Ao fazer previsões, destaca que com a redução contínua da taxa Selic, que está em 12,75%, talvez a economia possa dar sinais de melhora a partir do segundo semestre de 2009. “Mas não o suficiente para um ano bom. Provavelmente, o país terá um crescimento na faixa de 1%.”


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