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Diretor-geral do DNIT diz que pedágio é inviável em MS

Edivaldo Bitencourt, Campo Grande News - 15 de maio de 2009 - 17:32

Diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), Luiz Antônio Pagot, afirmou que estudo do Governo federal constatou ser inviável da cobrança de pedágio em qualquer rodovia federal de Mato Grosso do Sul. Além do pouco movimento, o preço do pedágio para dar retorno aos investidores inviabilizaria o empreendimento. Ele participou, nesta tarde, de simpósio sobre a Hidrovia Paraná-Tietê, que aconteceu na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul.

Como exemplo, Pagot citou a BR-163, a mais movimentada e principal via de acesso aos estados do Paraná e Mato Grosso. Conforme os estudos do órgão federal, a taxa a ser cobrada na rodovia seria 250% superior ao valor médio pago pelos motoristas em outros estados brasileiros. De acordo com o diretor-geral do DNIT, a taxa para veículos leves seria de R$ 12 a R$ 14 em cada posto sul-mato-grossense, enquanto a média nacional oscila entre R$ 2 e R$ 4.

Isto, porque o investimento para melhorar o tráfego da rodovia seria muito alto. Somente o poder público, que não trabalha com taxa de retorno, tem condições de realizar os investimentos previstos para as vias federais em Mato Grosso do Sul.

Outro ponto apontado pelo DNIT é que o movimento é muito pequeno. O movimento é sazonal, só é intenso em algumas épocas do ano, como o período de colheita da safra de grãos. Como exemplo, Pagot citou o número de veículos pesados no mês passado na balança instalada na unidade do DNIT em Rio Brilhante. Foram 21 mil caminhões no mês de abril deste ano.

O levantamento do DNIT contradiz declaração do governador André Puccinelli (PMDB), que anunciou o interesse do Estado em implantar pedágios em três rodovias federais. Na véspera da inauguração do Trem do Pantanal, ele informou que o Governo estuda obter a concessão das rodovias federais 163, 262 e 267 para instalar praças de pedágios. Na ocasião, inclusive, justificou que o valor a ser cobrado em Mato Grosso do Sul seria 20% inferior aos outros locais do País.

Se as rodovias federais com maior movimento não viabilizaria a cobrança de pedágio, a medida também deve ser inviável nas rodovias estaduais. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) contratou empresa para realizar o levantamento do movimento de todas as rodovias estaduais sul-mato-grossense para estudar a viabilidade de pedágio, instalação de balança e políticas de preservação.

Puccinelli evitou comentar o assunto da concessão das rodovias. Ele disse que o assunto deveria ser tratado com Pagot e o secretário estadual de Obras, Edson Giroto. Pagot explicou que a decisão cabe ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. "O DNIT é órgão executor", justificou-se.

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