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Dirceu só admite erro na escolha das alianças políticas

João Prestes / Campo Grande News - 27 de setembro de 2005 - 17:00

O deputado federal José Dirceu (PT-SP) argumenta, aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara em depoimento, que não existe nenhuma prova concreta contra ele e reclama de estar sendo vítima de “linchamento público”. “Não existem provas contra mim, nem testemunhais, nem documentais. Se eu errei no partido, os meus erros foram políticos na escolha de alianças e na elaboração de programa de governo", afirmou.

O deputado foi chamado a depor no processo que analisa o pedido de cassação de seu mandato, feito pelo PTB, sob a acusação de que comandava um esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional para que apoiassem projetos do governo federal.

José Dirceu fez sua explanação e concluiu que nunca existiu o chamado “mensalão”. " Não é verdade que eu coordenei, participei ou me omiti do chamado mensalão. Todas os envolvidos negam e não há nenhuma prova documental. Sou acusado de saber dos empréstimos, mas o senhor Delúbio Soares nega."

O que está provado, admite Dirceu, é que alguns parlamentares teriam recebido recursos irregulares do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O deputado afirmou ainda que não foi citado na lista de beneficiados pelo repasse. "O que está provado é que deputados receberam recursos do Banco Rural, a partir de empréstimos do senhor Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Eu não, eu não recebi", declarou.

Sobre o suposto acordo entre PT e PL para fechar a aliança política em 2002 em troca do repasse de R$ 10 milhões, Dirceu negou ter conhecimento, mas admite que acordos dessa natureza são rotineiros. Ele não teria participado de reuniões para o repasse de recursos mas somente para definir a verticalização da aliança, já que o PL não tinha tradição de fazer coligações políticas nos Estados. "Eu sabia do acordo de ajuda mútua das campanhas. O que eu considero natural, acontece em quase todas as campanhas majoritárias no país", disse ele.

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