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Dirceu diz ter certeza de que será absolvido na Justiça

Agência Câmara - 01 de dezembro de 2005 - 17:23

O ex-deputado José Dirceu, cassado ontem pelo Plenário, disse que acata a decisão da Câmara. Porém, ressaltou ter certeza de que será absolvido pela Justiça, depois que forem julgados os processos a serem encaminhados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios.
"Ninguém pode ser cassado sem provas", disse Dirceu, logo no início da entrevista coletiva que concede neste momento, na Câmara. "Fui cassado politicamente. O Congresso Nacional deu um passo arriscado, e espero que isso não se volte contra ele", desabafou. O ex-ministro da Casa Civil garantiu não ter acompanhado a votação de ontem, nem tampouco o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). "Infelizmente, não sou mais deputado, nem ministro, nem presidente do PT. Se fosse, a situação seria outra, desculpe a falsa modéstia", continuou. "Como assim?", perguntou um jornalista. "Não vou responder", rebateu o ex-deputado. "Não deveria ter dito isso, só falei devido ao cansaço."

Militante
Dirceu, que voltará a ter direitos políticos apenas a partir de 2016, disse que nesse período vai participar das campanhas políticas como "militante do PT e cidadão".
Para ele, cada um dos deputados votou ontem "de acordo com a sua consciência". "Vou olhar para a frente, para o futuro, sem mágoas e sem ressentimentos", completou, ao ressaltar que o importante agora "é fazer a reforma política".
Perguntado sobre uma declaração que deu em 1994, de que o deputado Ricardo Fiúza (PP-PE) deveria ser cassado mesmo sem provas de corrupção (de que o pernambucano estava sendo acusado na época), Dirceu definiu: "Foi um dos maiores erros da minha vida, já me penitenciei por isso". Segundo o ex-deputado, Fiúza votou ontem a favor dele. "Não foi nem sequer necessário pedir seu apoio", disse ainda, ao assegurar que é amigo de Fiúza desde então.

STF
José Dirceu considerou "uma violência" a pergunta de um jornalista sobre a razão de "ter tentado protelar" sua cassação por meio de diversos recursos no STF. "Não tentei protelar, fui buscar um direito meu. Qualquer um de vocês poderá um dia precisar recorrer ao Supremo e isso é um direito que ninguém pode cassar", disse.


Reportagem - Newton Araújo Jr.
Edição - Sandra Crespo


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