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Dinheiro em circulação cresceu 2% em abril

Stênio Ribeiro / ABr - 25 de maio de 2004 - 14:03

A média diária dos saldos da base monetária (dinheiro em circulação) somou R$ 68,1 bilhões, no mês passado, com expansão de 2% em relação a março. O saldo em papel-moeda aumentou 1,9%, enquanto as reservas bancárias cresceram 2,1%, conforme mostra o relatório do Departamento Econômico do Banco Central sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro.

As operações do Tesouro Nacional tiveram redução de R$ 9,3 bilhões no mês. Em contrapartida, as operações do BC com títulos públicos federais para ajustar a liquidez do mercado monetário foram expansionistas em R$ 11,9 bilhões, principalmente por causa das compras líquidas de R$ 10,1 bilhões em títulos no mercado secundário. A diferença é explicada pelo resgate de R$ 2,8 bilhões no mercado primário, pelo BC, ao passo que o Tesouro fez colocações líquidas de R$ 1 bilhão.

Os números foram apresentados pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, adiantando que o volume de crédito emprestado pelo sistema financeiro teve expansão de 2,1% no mês de abril ao registrar estoque de R$ 425,7 bilhões - equivalente a 26% do Produto Interno Bruto (PIB) - contra 25,8% em março. No acumulado dos últimos doze meses o crescimento no volume das operações chega a 13%.

Altamir ressaltou que o "desempenho favorável" das operações com recursos livres resulta, em parte, das carteiras referenciadas em moeda estrangeira, com destaque para os adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC). Ele destacou, também, que os empréstimos a pessoas físicas vêm se mantendo em patamar positivo nos últimos meses, com prioridade para o crédito pessoal.

As operações concedidas pelos bancos privados somaram R$ 254,8 bilhões (aumento de 2,5% no mês e de 11,5% em doze meses), enquanto os financiamentos contratados com bancos oficiais atingiram R$ 170,8 bilhões (aumentos de 1,6% e de 15,3%, respectivamente). De março a abril a expansão maior foi dos bancos privados, que ofereceram 4,8% a mais, contra 2,4% das instituições financeiras públicas.

A parcela correspondente a recursos direcionados somou R$ 157,8 bilhões em abril, dos quais R$ 87,2 bilhões de repasses e aplicações diretas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 46,1 bilhões de investimentos rurais e R$ 23 bilhões no setor de habitação.

O estoque das operações com recursos livres somou R$ 240,1 bilhões, com evolução de 3,1% no mês e de 11,9% em doze meses. O resultado foi influenciado pelo incremento de 3,7% nas carteiras destinadas a empresas, no total de R$ 143,9 bilhões, enquanto o volume para pessoas físicas somou R$ 96,2 bilhões.

Os setores que mais contrataram empréstimos em abril foram a indústria (R$ 117,1 bilhões), com crescimento de 2,4%, e o comércio (R$ 45,1 bilhões), com aumento de 2,6%. O segmento de outros serviços alcançou R$ 72,9 bilhões, com elevação de 1,5% no mês. O destaque foram as operações no ramo de comunicações.

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