A presidente do Sisec (Sindicato dos Servidores Municipais de Cassilândia) Marcia Mel afirmou no programa Rotativa no Ar de hoje (04) que o Município de Cassilândia (MS) tem direito a entrar com ação contra a greve: "e a justiça está aí para trabalhar e trabalha sério. Assim como nosso trabalho não é brincadeira".

A servidora Leonir disse que o advogado da prefeitura está apontando a greve só para a educação: "E não é só a educação. A insatisfação é geral, como a população está insatisfeita com a Administração. E a greve continua. A comissão (que eu eu faço parte) está desde março negociando com o prefeito. E a resposta é sempre que não, não, não".

"A prefeitura está funcionando igual um sistema capitalista. Onde uma minoria tem muito e uma maioria não tem nada", completou Leonir.

A presidente do Sisec afirmou: "Praticamente se trabalha com o mesmo número de funcionários que a gestão anterior. A dona Emilia, secretária de Finanças, já falou que para não ultrapassar os 54% da despesa tem de enxugar a máquina. Se o concurso e o PCC tivessem acontecido, hoje não haveria essa situação, pois tudo seria adequado. O dr. Altair disse que escolas que tinha 1 coordenador, hoje tem 4, e 1 só fazia o serviço. Eu falei que não é só educação. Setor de limpeza que tinha 2 coordenadores, hoje tem 7. E o que se pagava para 1 funcionário, que era praticamente 1 salário mínimo, hoje paga-se 2 salários mínimos e com dedicação plena. E eu falei que isso ia dar problema".

João Pamplona disse que na época do ex-prefeito José Donizete a folha do pagamento girava em torno de R$800 mil e que hoje gira em torno de R$1,3 mi. Questinou à presidente do Sisec se esse aumento de quase R$500mil, não seria reflexo do aumento já dado aos professores. Márcia foi enfática: "Dinheiro do professor sai do Fundeb não sai dos cofres do município".