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Dinâmica de grupo: a estratégia é ser você mesmo

Vagas.com - 21 de novembro de 2015 - 15:00

Em uma dinâmica de grupo, é comum ver pessoas assumindo um papel, como se estivessem representando um personagem ideal em uma peça de teatro. Quem é naturalmente mais calado tenta parecer falante e, por outro lado, quem costuma falar pelos cotovelos muitas vezes usa a máscara de profissional estratégico e analítico.

A observação é de Juliano Casa, gerente da Page Talent, especializada na estruturação e condução de processos seletivos para estagiários e trainees. E o que ele diz – categoricamente – é que não existe estratégia mais furada do que essa para se sair bem em uma dinâmica de grupo. “Nós vemos muitas dicas para essa etapa do processo seletivo, mas uma que muita gente esquece ou quase ninguém segue é: ser você mesmo”, diz ele.

Segundo o especialista, como o perfil que a empresa busca não é público, os candidatos fantasiam um perfil ideal e tentam se adequar a ele. “Eles pensam que, por uma empresa ser mais agressiva, ela automaticamente busca pessoas assim”, afirma. Isso, no entanto, não faz sentido, porque mesmo uma empresa agressiva pode ter uma vaga analítica – e vice-versa.

Juliano afirma que mostrar quem você realmente é facilita a vida de todo mundo. “Se você for contratado pelas suas características provavelmente vai se realizar mais no trabalho”, diz ele. Sem contar que, se ninguém estiver fazendo cena, a empresa provavelmente também vai encontrar o candidato mais alinhado ao perfil que ela busca – o que aumenta consideravelmente as chances dessa relação ter futuro. “Se você for autêntico, você sempre acertará”, afirma. “Se não conseguir a vaga, pode saber que foi melhor para você”, diz ele.

Além disso, segundo o especialista, não assumir um personagem tem outra vantagem. “Quando você demonstra o que realmente é, automaticamente mostra que tem maturidade e autoconhecimento, dois quesitos precisos para quaisquer que sejam as empresas contratantes e as vagas em questão”, explica.

Além da dica mais importante, Juliano ressalta cinco características bem valorizadas em praticamente toda dinâmica de grupo, especialmente quando se trata do público mais jovem. Se você não tem qualquer um deles bem desenvolvido, a dica é correr atrás.

Autoconhecimento. Quando você se conhece, consegue expor seus pontos fortes e saber o que faz você se motivar e criar vínculos;

Humildade. Saber reconhecer que o conhecimento dos outros tem tanto valor quanto o seu é essencial em qualquer processo seletivo. Não importa se o outro tem outra realidade ou vem de uma instituição de ensino teoricamente inferior à sua;

Senso crítico. É preciso analisar criticamente as informações que você recebe e saber se portar em grupo. “Isso ajuda tanto na dinâmica de grupo quanto na performance do dia a dia de trabalho”;

Resiliência. É a capacidade de se reinventar, sem perder sua autenticidade, para atingir novos objetivos e resultados. “Não importa quantas vezes você caia, importa a velocidade com que você se levanta”, diz ele;

Curiosidade intelectual. A dica é ir atrás, pesquisar a empresa em que você quer trabalhar, ler os canais de relação com investidores para saber como ela está financeiramente e qual deve ser o futuro, pesquisar as práticas de gestão de pessoas e conversar com funcionários, ex-funcionários e até o RH. “Diga que seu sonho é trabalhar lá e peça para alguém contar como é”, recomenda. “A curiosidade abre muitas portas”.

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