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Diferenças regionais não podem interferir na aprendizagem dos anos iniciais da vida escolar, diz edu

Flávia Albuquerque, Agência Brasil - 28 de agosto de 2011 - 10:30

São Paulo – Diferenças regionais e discrepância entre os resultados de escolas públicas e privadas na Prova ABC, aplicada no primeiro semestre a 6 mil alunos de escolas municipais, foram os pontos da avaliação que mais chamaram a atenção de Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação, entidade que participou do processo de medição do nível de aprendizado de crianças no início da vida escolar.

Para ela, os dados mostram que é preciso garantir a melhoria da aprendizagem nos anos iniciais, independentemente de diferenças regionais ou de situação econômica. “Precisamos superar e sair desse conformismo de que as realidades são diferentes. Toda criança tem o mesmo direito de aprender. A aprendizagem nessa etapa é essencial para garantir a aprendizagem nas etapas posteriores. Se não tivermos essa garantia de aprendizagem nos anos iniciais, a tarefa começa a ficar mais complicada e complexa para garantir a aprendizagem nos anos seguintes. Toda criança pode aprender”, disse Priscila.

O desempenho dos alunos de escolas públicas ficou em 175,8 pontos, enquanto os alunos de escolas privadas alcançaram 216,7 pontos. A Prova ABC foi aplicada para medir o nível de aprendizado das crianças nos três primeiros anos de estudo. A avaliação foi feita pelo movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

A diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Ana Lúcia Lima, destacou que estudos estatísticos sobre o processo educacional mostram que educação vem de casa e não é exclusividade da escola. Ela reforçou que a pesquisa mede habilidades de tratamento com letras e números, coisas que se desenvolvem na criança desde muito cedo.

“Uma criança que cresce em um ambiente letrado, onde ela tem livros, onde alguém lê histórias para ela e ela tem com quem brincar, os pais foram escolarizados e têm como contribuir com o aprendizado, [essa criança] já entra na escola com vantagens na comparação com uma criança que tem pais que não tiveram a oportunidade de se escolarizar”, ressaltou Ana Lúcia.

Para o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, João Horta, quanto maior a quantidade de estudos que houver para mostrar como anda a educação no país mais dados o governo terá para atuar no processo. “O que estamos procurando fazer é apoiar as diversas instituições para que elas utilizem os dados do Inep e produzam cada vez maiores resultados”.

Com base nos resultados da Prova ABC, Horta disse que é preciso que prefeituras e sistemas municipais de ensino se esforcem para desenvolver a educação de uma forma diferente.

Edição: Lana Cristina


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