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Geral

Dieese: 13º deve injetar R$ 53 bilhões na economia

09 de novembro de 2006 - 13:46

O 13º salário, também conhecido como abono natalino, deve injetar R$ 52,9 bilhões na economia brasileira até o final do ano, segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Esse montante incluiu a parcela que será paga aos trabalhadores com carteira assinada e aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo o Dieese, neste ano, o pagamento do 13º salário corresponderá a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Dos cerca de 60,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, 24,3 milhões, ou 40% do total, serão destinados aos beneficiários da Previdência Social --aposentados ou pensionistas. Empregados formais correspondem a 34,6 milhões ou 57% do total e são contribuintes da previdência. Os 3% restantes são empregados domésticos com carteira de trabalho assinada.

O Dieese estima que o total de pessoas que receberá o 13º salário em 2006 é cerca de 2,7% superior ao de 2005, sendo que cerca de 1,6 milhão de pessoas passaram a receber o benefício por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício.

O pagamento do 13º salário é feito em duas etapas: a primeira até 30 de novembro. A segunda parcela tem de ser depositada até 20 de dezembro. Há categorias profissionais, com acordos específicos, que já receberam parte do 13º salário.

A região Sul ficará com 16,6% do total do benefício; ao Nordeste, serão destinados cerca de 14,6%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,4% e 4,2%.

A distribuição do 13º deve se concentrar no Sudeste do país. Segundo cálculos do Dieese, 56,4% do montante deve ficar nos Estados da região, que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas e empregados domésticos.

Metodologia

A estimativa do Dieese leva em conta dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e informações do Ministério da Previdência.

No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, ocupados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2005.

Da PNAD, foi utilizado o contingente de empregados domésticos com registro em carteira. Também foram considerados os beneficiários --aposentados e pensionistas-- que em setembro de 2006 recebiam seus proventos do INSS.

Para estimar os valores a serem pagos aos beneficiários do INSS, o Dieese utilizou os dados de setembro deste ano. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE, acumulado de de janeiro a setembro de 2006 em relação ao mesmo período de 2005.

O cálculo não considera os autônomos e assalariados sem carteira que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano.




Folhaonline

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