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Geral

Diabetes II: É preciso mais atenção de todos

Carlos Eduardo Prado Costa - 16 de novembro de 2014 - 11:09

A diabetes atinge homens e mulheres igualmente e embora ainda se tenha a cultura de acreditar que os sintomas desta doença se manifestem apenas com o desejo de comer mais doces; dificuldade de cicatrização de feridas; aumento de vezes em que se vai ao banheiro para urinar; desejo de beber água ou líquidos em geral em maior quantidade, não é a regra geral.

Todas as pessoas sejam homens ou mulheres que tenham história familiar de diabetes, que não fazem exercícios físicos, homens que percebam alterações em sua qualidade na vida sexual, principalmente na sua ereção e mulheres que tenham história de ovários policísticos, devem ter o cuidado de fazer avaliação médica e exames laboratoriais a cada seis meses.

É de especial importância que homens que possuem perda da sua libido, diminuição da qualidade da vida sexual e da qualidade de sua ereção, que sejam sedentários e que se enquadre em fatores de risco como aumento da circunferência abdominal maior que 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres; triglicerídeos maior ou igual 150 ng/dl; O diabetes tipo II caracteriza-se tanto por um defeito na ação da insulina conhecida como resistência à insulina, quanto por deficiência relativa de insulina; HDL (colesterol bom) inferior a 40 mg/dl nos homens e inferior a 50 mg/dl nas mulheres, pressão arterial igual ou superior a 130/85, ou realizando tratamento medicamentoso; glicose (glicemia de jejum) maior ou igual 100 mg/dl ou realizando medicação para controle, procurem um médico porque apresentam resistência insulínica e necessitam iniciar seu tratamento antes que seja difícil de recuperar a qualidade da vida sexual.

Da mesma forma mulheres, com dificuldade de engravidar, com cólicas menstruais intensas devem procurar seu médico para descartar a presença de ovários policísticos, que associado aos fatores de risco acima podem estar desenvolvendo resistência insulínica e podem desenvolver diabetes e fatores de risco cardiovascular.

O tratamento medicamentoso do diabetes depende da história clinica dos exames realizados. Não existe um padrão específico para todas as pessoas. Embora se tenha rotinas e medicações de escolha para o médico se orientar no manejo do diabetes. A escolha de um ou mais medicamentos vai depender dos níveis de açúcar (Glicemia) encontrados. Por exemplo, se o paciente tem complicações (Coomorbidades) em decorrência do diabetes como: nefropatias (doenças renais), retinopatias (doenças dos olhos), vasculopatias periféricas (doenças das veias principalmente das pernas). Além das complicações, há também a presença de hipertensão (pressão alta), colesterol e triglicerídeos elevados. Todos são fatores que vão influenciar na escolha terapêutica.

Após o diagnóstico o paciente deve seguir corretamente a orientação e a opção terapêutica de seu médico. Lembre-se: não caia nessa história de chá milagroso que cura diabetes! Use o chá, mas tome a medicação prescrita pelo médico e não se esqueça de informar ao seu médico, o tipo de chá que você está usando, pois existem alguns que os médicos apóiam o paciente a usar, pois podem ajudar no tratamento.

O diabetes é uma doença caracterizada pela deficiência do pâncreas em produzir insulina, deve ser diagnosticada e ter seu tratamento iniciado. Diabetes é uma das principais causas de incapacidade precoce para o trabalho, devido suas complicações, assim como alta taxa de mortalidade. É uma doença totalmente controlável, mas precisa muito do entendimento do paciente que o descuido pode gerar complicações graves.

Não existe diabete leve, pré-diabetes. Ou a pessoa é diabética, ou não é. Nós temos que ter a consciência e iniciar o tratamento que deve ser medicamentoso e com mudanças de hábitos alimentares e exercícios físicos. É bom lembrar que a responsabilidade médica vai do diagnóstico até a escolha terapêutica. Quem decide acatar as indicações médicas, quanto ao tratamento e mudanças de hábitos, é o paciente!

• Dr Carlos Eduardo Prado Costa (CRM/SC 7222) - médico membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual e membro da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

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