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Geral

Dia Mundial da doença de Alzheimer; veja o que é

Ana Paula Lieb - 14 de setembro de 2006 - 09:54

A região Centro-Oeste possui cerca de 770 mil idosos, o que indica que existe uma grande chance dessas pessoas serem portadoras da doença de Alzheimer.


No dia 21 de setembro, nos últimos dez anos, pessoas no Brasil como no mundo inteiro participam de atividades diversas para celebrar o Dia Mundial da doença de Alzheimer. O número de pessoas com a doença tende a dobrar nos próximos vinte anos torna-se, então, necessário um trabalho conjunto para despertar a conscientização sobre a demência e como ela afeta a vida das famílias.

O Dia Mundial da doença de Alzheimer foi instituído pela OMS - Organização Mundial da Saúde e pela ADI - Associação Internacional de Alzheimer, que completa vinte e dois anos de trabalho na difusão de informações sobre a doença e na conscientização da sociedade e das famílias sobre esta enfermidade, nos 74 países onde é representada.

No Brasil, quem reforça o trabalho de apoio e esclarecimento sobre a doença de Alzheimer é a ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer – (www.abraz.org.br), representada em todo o País pelas suas 21 regionais nas capitais e 52 sub-regionais distribuídas pelo interior. Este ano a ABRAz organiza caminhadas, concurso de arte, ciclo de palestras, peças teatrais, além da distribuição de material de divulgação. O slogan da campanha é Não há tempo a perder e seu objetivo é informar as pessoas sobre a importância de detectar, o quanto antes, os principais sintomas que afetam os idosos, estimulando a busca de diagnóstico médico e tratamento.



Sobre a Doença

Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta o cérebro, causando comprometimento da memória, do pensamento e do comportamento. Afeta preferencialmente pessoas acima de 60 anos e vai dobrando a cada cinco anos, até atingir 30 a 40% aos 85 anos de idade.

Há cem anos o médico alemão Alois Alzheimer descreveu o primeiro caso da doença de Alzheimer e desde então vários estudos e pesquisas vêm desafiando e provocando o interesse dos cientistas.

Atualmente, cerca de 18 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de demência e estima-se que daqui a 20 anos este número aumente para 34 milhões, sendo que grande parte deste número estará concentrado em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Já se completou quatro anos e cinco meses da assinatura das Portarias de No. 702 e 703 do Ministério da Saúde, que asseguraram à população de portadores da doença de Alzheimer e problemas cognitivos o direito a tratamento e medicação gratuitos, e o cenário continua lamentável em todo o País. Segundo a ABRAz, nem 2% desse universo de pacientes são atendidos pelo Sistema Único de Saúde. De acordo com o protocolo estabelecido pela portaria 703, os portadores da doença, uma vez diagnosticados pelos médicos credenciados pelo SUS, devem receber na rede pública os medicamentos aprovados para o tratamento.

No Brasil, a enfermidade, atinge cerca de 1 milhão de pessoas e se caracteriza pela morte progressiva das células nervosas do cérebro, os neurônios. Estima-se que 5% das pessoas acima de 60 anos venham a desenvolver a doença, sendo que essa porcentagem vai aumentando progressivamente a partir dos 70 anos. Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira nesta faixa etária soma cerca de 17 milhões de pessoas.

A Associação Brasileira de Alzheimer – ABRAz é uma entidade formada por profissionais da área da saúde, familiares e cuidadores de portadores da doença de Alzheimer. Seu objetivo é transmitir informações sobre diagnóstico e tratamento da doença e também orientar sobre os aspectos cotidianos do acompanhamento do portador. A ABRAz promove reuniões mensais informativas, organiza grupos de apoio, oferece atendimento pessoal à família e produz material de apoio. Informações pelo telefone: 0800-55-1906 ou pelo site: www.abraz.org.br



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