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Geral

Dia do Professor : ''a'' de acrobata, ''b'' de bola

Christiane Peres/ABr - 15 de outubro de 2004 - 07:42

Alfabeto circense: “a” de acrobata, “b” de bola, “c” de corda-bamba. Essa educação lúdica começou desde cedo numa escola do interior do Paraná, onde professores viram mágicos, e alunos, a platéia.

Depois de notar o interesse dos estudantes pela arte do circo, a professora primária Jussara Heide decidiu incluir a magia dos palhaços e trapezistas na alfabetização dos alunos. O palco dessa aventura foi a sala da primeira série da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no município de Rio Negro (PR). “Eles falavam do circo com muito entusiasmo. Com isso, eu pensei: eles têm que trazer essa alegria para dentro da sala de aula. Daí surgiu o projeto”.

Jussara conta que existe uma dificuldade com o passar dos anos em prender a atenção dos alunos. Há 15 anos lecionando, ela diz que competir com os atrativos da rua é difícil. “A gente tem que fazer alguma coisa dentro de sala de aula que seja prazerosa”. Segundo ela, o circo foi fundamental para o desenvolvimento do aprendizado dessa turma.

Com uma pequena melodia, a professora introduz o alfabeto e relaciona com objetos presentes na sala de aula. “O circo já vai começar e você vai adorar, você vai se encantar, pois o circo é demais”, cantarola. “A gente vai brincando com essa letra. A gente desmonta em frases, letras e depois monta tudo de novo. É uma festa”.

As piadas, mágicas, músicas e brincadeiras se transformaram, no final do primeiro semestre letivo, em uma grande apresentação para o resto da escola. Jussara disse que o resultado foi tão positivo que outras escolas convidaram os alunos para mostrar o trabalho e, para o segundo semestre, três apresentações já estão marcadas. “O mais importante disso é quando eles vêem o trabalho deles sendo reconhecido. Isso aumenta o rendimento em sala e os estimula a continuar com o mesmo entusiasmo”.

Apaixonada pelo trabalho, Jussara acredita que ser professor é transformar o futuro. “A gente vai colocando uma sementinha na cabeça das crianças que elas podem fazer de tudo. Quando elas ficarem maiores vão acreditar nisso, e eu espero que a gente viva num mundo melhor”.

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