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Geral

Desvendando a Doença Inflamatória Intestinal

Gazeta Esportiva - 16 de novembro de 2017 - 11:30

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) engloba a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU), sendo ambas idiopáticas, isto é, não possuem causas definidas. As condições estão relacionadas a uma resposta imunológica anormal no intestino. Com incidência crescente nas últimas décadas no Brasil, a DII atinge preferencialmente pessoas jovens, entre 20 e 40 anos, e, em um segundo pico, pessoas a partir de 55 anos.

De acordo com a Dra. Marta Machado, gastroenterologista e presidente da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), existem alguns fatores de risco que implicam no surgimento da doença, embora não existam razões únicas definidas. “O uso abusivo de antibióticos na infância, a utilização de medicamentos como anti-inflamatórios e o fumo podem colaborar para o aparecimento da DII. Além disso, alimentos geneticamente modificados e repletos de conservantes, como os produtos diet e aqueles que carregam grande quantidade de gorduras animal, também favorecem no desenvolvimento da doença”, explica a doutora.

Sintomas e tratamento

Os sintomas mais comuns da DII são diarreia, febre e dores abdominais, que podem evoluir para lesões maiores, emagrecimento excessivo e a perda da função intestinal. O diagnóstico é feito por meio dos dados clínicos evidenciados pelos sintomas, que podem levar o paciente a realizar exames laboratoriais de imagem para aprofundar a análise e estudo minucioso.

Pacientes com a patologia são totalmente capazes de vivenciar situações diárias com qualidade de vida e segurança. “Os sintomas são subjetivos e devem ser tratados conforme o local afetado, gravidade, extensão e forma de manifestação. Para um tratamento adequado e assertivo é muito importante que o paciente compreenda a doença e se sinta empoderado para esclarecer as dúvidas com seu especialista”, afirma a Dra. Marta.

O tratamento da DII deve ter como base a melhora da qualidade de vida do paciente e, para isto, é necessária uma abordagem multidisciplinar, que inclui medicações, aconselhamento nutricional, psicoterapia e intervenções cirúrgicas, quando necessário. “Conscientizar a população sobre tão relevante tema é essencial, pois devemos sempre estar atentos aos sinais e manter atenção aos pacientes de nosso convívio. Com apoio e cuidado, a condição permanece sob controle e gera mais qualidade de vida a todos os envolvidos”, finaliza a especialista.

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