O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou há pouco que desavenças dentro do governo "são normais", mas se disse "absolutamente tranqüilo" com o compromisso do governo federal com a política econômica atual, "principalmente depois das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem". Lula disse que a atual política econômica é do governo, não de Palocci. Essa afirmação foi uma referência às divergências entre Palocci e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, manifestadas nas últimas semanas.

Rumo
Palocci não afirmou se continua no cargo. "O importante não é o ministro, mas a política econômica. Precisamos fazer ajustes, mas não devemos mudar de rumo".
Segundo Palocci, que participa de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação, não haverá mudanças na política em 2006 pelo fato de ser um ano eleitoral. "O Brasil não pode sofrer uma crise econômica a cada eleição", reiterou. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do requerimento para a presença de Palocci, manifestou apoio restrito ao ministro: "O sr. tem nosso apoio, não quanto a ponto da política econômica - que estamos questionando -, mas porque o ministro da Fazenda deve ser fortalecido para fortalecer a economia do País".