Para o presidente da Abam (Associação Brasileira de Amido de Mandioca), Ricardo Bandeira Villela, a grande importância do Congresso Brasileiro de Mandioca, que acontece começa amanhã, em Campo Grande, é a oportunidade de se sensibilizar todos os elos da cadeia produtiva, passando pelos setores público, estudantil e de pesquisa. O evento vai até o dia 28 no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.
Villela acredita que num evento desse porte, dada a diversidade de sua programação (o Congresso contará com 150 trabalhos científicos, de todo o Brasil e outros países da América Latina), é possível se enfocar a realidade do setor, se avaliando seu potencial enquanto viabilizador da pequena propriedade e distribuidor de renda (estima-se que a cultura gera em torno de um milhão de postos de trabalho no Brasil).
Entre os acontecimentos do Congresso, Villela destaca a mesa redonda “Desafios na Estabilização do Setor”. Ele acentua entre os grandes desafios da cadeia produtiva, a necessidade de estruturação do setor, de modo a se garantir estabilidade na oferta e demanda de raiz, se evitando as oscilações atuais, que levam o setor a viver períodos intercalados de preços altos e baixos.
Outro desafio do setor, destacado pelo Presidente da ABAM, é o produtor rural ter consciência de que o seu cliente não é a indústria de fécula/amido de mandioca, e, sim, o consumidor final. “Quando o setor conseguir alinhavar esta idéia, a negociação ficará muito mais fácil, e será muito mais favorável se buscar uma situação de mercado em que todos ganhem, e nenhum ganhe mais que o outro”, destaca.