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Deputados pedem melhor utilização de obras do legado olímpico

Agência Câmara - 25 de abril de 2017 - 14:00

Parlamentares da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados pediram uma melhor utilização das construções do Parque Olímpico da Barra e do Parque Radical de Deodoro, construções que abrigaram os Jogos Olímpicos Rio 2016. A conservação dessas obras foi debatida em audiência pública da comissão, motivada por denúncias de que a União teria abandonado a administração desse legado.

O presidente da comissão, deputado Ezequiel Teixeira (PTN-RJ), criticou o fato de que as construções não são utilizadas para eventos que incentivem o esporte. Ele reprovou a falta de planejamento. "Alguma área falhou. Precisava de algum setor encarregado para fazer apurações, verificações e fazer restaurações", afirmou.

O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Adriano Gonçalves, ressaltou, no entanto, que as construções não estão abandonadas. Ele afirmou que as contas de água e luz são pagas mensalmente e que há contratos com empresas terceirizadas para garantir a manutenção desses locais.

“Existem algumas partes do complexo da Barra que eram instalações provisórias, como algumas piscinas e parques. Esses estão em situação de abandono e aguardam algum desfecho, mas não fazem parte do legado, que é o que está discussão”, explicou Gonçalves.

O presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, Paulo Márcio, também afirmou que não há abandono. "O que, na verdade ocorre, é que há necessidade de adequações do modo jogo para o modo legado", disse.

Paulo Márcio informou que coordena uma equipe responsável em garantir o reparo de algumas obras, bem como a realização de eventos esportivos. "Prova disso é que já tivemos a realização de alguns eventos-teste, que foram um sucesso, com mais de 3 mil pessoas. Temos, também, projetos voltados para a inclusão social. O nosso trabalho vai ser sempre no sentido de, a cada dia, enfrentar os problemas identificados. Tenho certeza de que, em um curto espaço de tempo, teremos agenda positiva para o aproveitamento do legado", declarou.

Crise econômica
O deputado Leo de Brito (PT-AC) afirmou que a crise econômica que o Rio de Janeiro enfrenta dificultou a conservação dessas obras. Ele lembrou que o governo federal teve que assumir a responsabilidade de grande parte das construções. "O que se busca com esse conjunto de instituições envolvidas é que haja propostas criativas para a boa utilização desse legado olímpico que é tão importante para o esporte nacional", declarou.

Para a realização dos jogos olímpicos, estima-se que o poder público tenha investido R$ 38 bilhões. Atualmente, tramita no Congresso Nacional a Medida Provisória 771/17, que transformou a Autoridade Pública Olímpica em Autoridade de Governança do Legado Olímpico, entidade responsável pela adequação, manutenção e utilização das instalações esportivas olímpicas dos jogos Rio 2016. A MP será analisada em comissão mista e depois, seguirá para votação no Plenário da Câmara.

A audiência promovida pela Comissão do Esporte ocorreu na última quarta-feira (19) por sugestão dos deputados Ezequiel Teixeira, Leo de Brito e Silvio Torres (PSDB-SP).

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

MPV-771/2017

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