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Deputados falam da trajetória política de Coimbra em MS

Jacqueline Lopes / Campo Grande News - 05 de julho de 2004 - 15:42

Com uma trajetória política marcada na história de Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito de Campo Grande, professor universitário e dentista Albino Coimbra, de 61 anos, morreu hoje por volta do meio-dia (horário de São Paulo). Coimbra participou da administração pública municipal e também da estadual. Segundo os deputados estaduais Ary Rigo (PDT) e Carlos Arroyo (PL), ele foi peça chave da construção política do Estado. Passou pela Arena e PDS – na época os filiados decidiram migrar para o PTB, acompanhando o ex-governador Pedro Pedrossian e o ex-prefeito Lúdio Martins Coelho.
Na década de 70, quando somente eram eleitos pelo voto direto vereadores e deputados, Coimbra foi presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande pela Arena. Nesta época, ele foi indicado, pelo voto indireto, como prefeito da cidade pelo PDS no governo de Marcelo Miranda, da Arena.
“Foi uma sessão longa na Assembléia Legislativa. Eu era líder do Marcelo Miranda e a oposição era contra o nome dele. Os deputados apoiaram a decisão do governador numa sessão que se estendeu até a madrugada”, recordou Rigo.
Arroyo foi secretário municipal de Obras, na administração de Albino Coimbra, que durou cerca de 2 anos. “Foi ele quem fez o calçadão da Barão, na época a idéia era investir na área comercial do centro. Nesta administração, foi feita a mão única da avenida Bandeirantes, como corredor expresso de Campo Grande”, explicou Arroyo. A esposa, que chegou a ser deputada estadual, Marilene Coimbra também teve participação importante no processo político como primeira dama na época, por ações voltadas para a classe menos favorecida.
Coimbra deixou a prefeitura, ocupada pelo vereador da Arena, Valdir Cardoso, na época.
Já na década de 80, Coimbra enfrentou, pelo PDS, as urnas para o cargo de deputado federal. Foi eleito mas não conseguiu a reeleição. Esta foi o último cargo eletivo de Coimbra que de 1991 a 1994 ocupou o cargo de sub-chefe da Casa Civil, do governo Pedro Pedrossian. Em 1994, tornou-se chefe da Casa Civil, um ano antes do inicio do governo de Wilson Barbosa Martins.
Coimbra morreu por volta do meio-dia, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Albino era transplantado há 13 anos e estava com uma complicação em uma das válvulas do coração. Há 15 dias, ele foi submetido a cirurgia devido a uma infecção em uma das válvulas que bombeiam sangue para o coração.
A esposa Marilene Coimbra está em São Paulo onde acompanha os trâmites para que o corpo de Albino seja trazido à Capital.
O velório deverá ser feito no saguão da Assembléia Legislativa, no Parque dos Poderes, na Capital. Caso o translado do corpo seja feito hoje, o enterro deve acontecer amanhã no Parque das Primaveras.

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