Durante sessão solene que comemorou os 50 anos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), deputados manifestaram preocupação com costumes culturais da região, como os rodeios e as cavalgadas. Autor do requerimento para a realização da homenagem, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) enalteceu as tradições, mas disse temer a redução das cavalgadas em consequência da obrigatoriedade de realização do exame de mormo.

O mormo é uma doença letal, causada por bactéria, que atinge os cavalos e pode contagiar os humanos. Foi considerada erradicada em 1968, mas em 2000 voltaram a surgir casos no País. Por isso, segundo o deputado, a continuidade de eventos que tenham a participação de animais está em risco.

Entendo que é uma preocupação sanitária, uma questão de saúde pública, mas isso tem inviabilizado a participação dos cavaleiros”, disse.

O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) avaliou que os rodeios, tradicionais em festas gaúchas, correm risco. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal aceitou recentemente ação contra as vaquejadas. “As maiores festas gaúchas são as dos pequenos municípios. Se a gente não cuidar, vão querer nos proibir até de andar a cavalo”, criticou.

Em mensagem enviada à sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, elogiou a iniciativa de valorização da cultura gaúcha e destacou a grande participação do Rio Grande do Sul na economia brasileira. Maia lembrou que a região é um dos grandes polos turísticos do País.