Os deputados citados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas têm até a próxima terça-feira para renunciar, evitar a abertura de processo por quebra de decoro, a possível cassação do mandato e a perda de parte dos direitos políticos, inclusive a possibilidade de candidatura. A maioria deles tenta uma nova vaga na Câmara dos Deputados.

O prazo foi divulgado pelo presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), que pretende instaurar os processos contra os deputados na terça-feira. A partir desse momento, os parlamentares não podem mais renunciar e evitar o julgamento do processo por quebra de decoro. Segundo Izar, na terça-feira também serão nomeados os relatores dos processos.

O deputado federal Coriolano Sales (PFL-BA) foi o primeiro parlamentar a renunciar para evitar o processo de cassação. Com a renúncia, Coriolano Sales continua como candidato à deputado federal pelo PFL na Bahia.

Na semana passada, o relatório parcial da CPI dos Sanguessugas sugeriu processo por quebra de decoro contra 69 deputados e três senadores. Agora, após o PV protocolar diretamente no Conselho de Ética uma representação contra os citados, a tramitação foi abreviada. A Mesa Diretora da Câmara avaliou o pedido do partido e considerou que o documento está de acordo com as normas vigentes.

Agora, a Mesa Diretora devolverá a representação ao Conselho de Ética, o que permite a abertura dos processos de cassação. O secretário geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozar Viana, está comunicando por telefone os 69 deputados que o PV entrou diretamente com a representação.

Na semana passada, a Agência Brasil fez um levantamento com dados do Tribunal Superior Eleitoral e mostrou que 66 dos 72 parlamentares concorrem a algum cargo nas eleições de outubro. Clique aqui para ler a reportagem.