Para o deputado federal Walter Ihoshi (DEM-SP), o intercâmbio de tecnologia, cultura e conhecimentos entre Brasil e Japão é determinante para o desenvolvimento dos dois países. Ele participou da audiência pública em homenagem ao centenário da imigração japonesa, realizada nesta quinta-feira (10/04), na AL/MS (Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

“Hoje há assuntos globalizados que dizem respeito a todos e um intercâmbio pode auxiliar muito na busca por soluções”, disse, apontando questões como aquecimento global e preservação das tradições históricas.

Ihoshi, que está no primeiro mandato, também falou da responsabilidade de representar uma comunidade tão expressiva quanto a japonesa no Congresso Nacional e detalhou a atuação parlamentar. “Conseguimos destinar R$ 1,9 milhão para prefeituras paulistas e R$ 875 mil para associações nikeis, o que muito nos honra”, disse.

O deputado lembrou que, além da realização de festividades, o centenário da imigração japonesa deve suscitar debates e elaboração de novos projetos que contemplem a comunidade. Ele citou como exemplo a reforma de uma escola no bairro da Liberdade, em São Paulo, que abrigará um museu voltado à cultura e tradição japonesas.

O vice-governador de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith (DEM), lembrou que a tecnologia encurtou a distância entre os países. “Antes a viagem ao Japão demorava semanas dentro de um navio, hoje pode ser feita em dois dias em um avião, isso é uma conquista”, disse.

Para ele, a ida de descendentes de imigrantes ao Japão, a trabalho, também cria demandas no Brasil. Zauith explicou que o Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados) já oferece cursos de graduação a brasileiros que residem no Japão. “As pessoas podem ir ao Japão, trabalhar e enviar dinheiro a suas famílias, mas também podem voltar ao Brasil com um diploma de graduação”, ressaltou.