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Depois do medo, Alex Cruz festeja contrato com Flamengo

Jefferson Luz, Campo Grande News - 24 de junho de 2009 - 17:39

Depois da ação espontânea de jogadores em manter Alex Cruz no Flamengo, a diretoria do time decidiu puxar para si a responsabilidade de bancar o atleta que assinou contrato por mais 6 meses. Quanto ao salário, isso ainda não está definido, mas deve ficar entre R$ 6 e R$ 8 mil ao mês.

A história termina bem, depois de tomar rumo inesperado após exemplo de solidariedade dos colegas. “Para mim foi inesperado, uma coisa que raramente acontece no futebol”, assim o meia do Flamengo, Alex Cruz, definiu o esforço que os companheiros de equipe fizeram para que ele continuasse a jogar pelo Flamengo.

Há dois fins de semana, para evitar a saída do atleta, um grupo de jogadores disse à diretoria do clube que iria fazer vaquinha para bancar o salário e a permanência do sul-mato-grossense no time até o fim do ano. Um reconhecimento à humildade do garoto, justificaram.

Alex Cruz conta que o último dia 15 foi um dos mais emocionalmente turbulentos que já viveu. “Pela manhã, sabendo que meu contrato não seria renovado na sexta-feira, fui me informar com a diretoria sobre os passos da rescisão”, relembra.

“À tarde, o atacante Emerson chegou para mim e disse que tinha conversado com o Kléber Leite [vice-presidente do Flamengo] e que eu ficaria por mais seis meses com a ajuda de alguns jogadores”.

Segundo o meia, seus padrinhos no Flamengo disseram que agora é a hora dele buscar espaço no time. “Trabalhar forte, correr atrás, porque a decisão de que eu ficasse não foi só dos jogadores, mas também do técnico Cuca, que concordou com o plano deles”, comenta.

As chances - Alex Cruz teve poucas oportunidades de mostrar à torcida flamenguista o potencial que Cuca enxergou nele quando jogou pelo Ivinhema, em uma partida pela Copa do Brasil, em Campo Grande.

Ele acredita que, com a chegada do atacante Adriano ao elenco da equipe, terá mais oportunidades de entrar em campo. Até hoje, Cruz jogou apenas 20 minutos, em uma partida contra o Avaí, que terminou em zero a zero.

“Minhas principais características são a rapidez e a agilidade. No esquema tático com apenas um atacante [Emerson] não favorecia o uso das minhas qualidades. Com dois atacantes o time vai ter mais jogadores machucados e suspensos, e é quando eu poderir entrar”, prevê.

Com a reviravolta, Alex disse que se sente mais à vontade no meio dos colegas de time. “O gelo do começo já passou”. No fim de semana, um de seus padrinhos chegou a dizer que faltou tempo para que o sul-mato-grossense perdesse a inibição e se voltasse em campo.

O Contrato –Antes de receber as boas notícias do dia 15, Alex conta que sua mente estava vazia, pois não tinha certeza do que iria fazer. “Voltar para Mato Grosso do Sul não era uma opção, pois o prazo para as inscrições já estava encerrado. Tinha uns contatos, mas nada certo”, conta.

Mesmo que no fim do ano ele não permaneça no time carioca, Alex não se vê mais jogando em uma equipe pequena. “É como eles dizem aqui. Quem joga no Flamengo deixa seu nome”, disse, ressaltando que sempre há empresários ligando para ele. “Se eu não renovar o contrato, vai surgir uma proposta parecida”, aposta.

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