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Depois de 14 anos, aprovado vai tomar posse como agente de polícia

Leonardo Rocha, Campo Grande News - 21 de abril de 2018 - 18:01

Willian Antero Ângelo ao lado de sua esposa (Foto: Arquivo Pessoal)
Willian Antero Ângelo ao lado de sua esposa (Foto: Arquivo Pessoal)

O administrador Willian Antero Ângelo, de 35 anos, vai tomar posse no cargo de agente de polícia científica, no setor de perícias, depois de 14 anos em que foi aprovado no concurso público estadual. Ele teve que recorrer à Justiça para conseguir entrar na Polícia Civil, em um processo que passou por todas as esferas e teve decisão final, em janeiro deste ano.

Willian explica que o concurso de agente de polícia científica – na época chamado de agente auxíliar de perícia – foi realizado em 2004, mas ele terminou a fase da academia e formação em 2006, quando houve uma troca do governo estadual, com a saída de Zeca do PT e entrada de André Puccinelli (MDB).

O novo governador entendeu que não havia necessidade de chamar os aprovados neste concurso e a legislação vigente não obrigava a convocação dos que tinham sido aprovados dentro das vagas. “Todos que passaram então tiveram que recorrer à Justiça, mas os procesos foram muito demorados, tanto que na época tinha 21 anos e agora tenho 35”.

Justiça - Ele disse que teve decisões contrárias na primeira e segunda instância do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas conseguiu a primeira vitória no Colegiado do Tribunal. Como o Estado recorreu da decisão, a questão seguiu para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), com posição favorável, e terminou em janeiro deste ano, no STF (Supremo Tribunal Federal).

“O ministro Ricardo Lewandowski, que era o relator da matéria, deu parecer favorável, em decisão final, foi a minha vitória depois de 14 anos”, disse Willian, que explicou que em função das burocracia, teve sua nomeação publicada em 17 de abril. A sua posse deve ocorrer no dia 7 de maio.

Empregos – Willian relata que largou o emprego para fazer a academia de polícia e que depois de não ser nomeado teve que seguir outras áreas. “Na época era solteiro, depois casei e tive duas filhas que hoje tem 6 e 2 anos. Durante este período me formei em Administração e trabalhei neste setor, na área de cobranças, vendas e monitoramento de veículo”.

Sobre sua convocação, ele alega que “não tinha mais expectativas”, mas que fez questão de assumir o cargo e vai fazer carreira dentro da Polícia Civil. “Na época foi muito frustrante, mas o resultado final é de satisfação. Das 140 vagas abertas na época, apenas uns 40 conseguiram assumir”.

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