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Depoimentos movimentam semana das CPIs

Agência Senado - 27 de agosto de 2005 - 08:47

As comissões parlamentares de inquérito que investigam denúncias de corrupção no Legislativo e no Executivo tomam diversos depoimentos na próxima semana. Os destaques ficam para os depoimentos de Enrico Gianelli, Juscelino Dourado e João Francisco Daniel, na CPI dos Bingos, Kátia Rabelo, presidente do Banco Rural, na CPI Mista dos Correios, e os presidentes da Previ, da Funcef e da Petros na CPI Mista do Mensalão.

CPI dos Correios

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios ouve na terça-feira (30) os depoimentos dos presidentes das empresas Garanhuns Empreendimentos, Intermediações e Participações e Bônus-Banval. A Garanhuns é suspeita de ter sido usada pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza em um esquema de lavagem de dinheiro e remessa irregular de divisas ao exterior, e já teve a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal aprovada pela comissão. Já a corretora Bônus-Banval é acusada de intermediar depósitos de Valério destinados ao Partido dos Trabalhadores (PT). A Garanhuns também foi acusada de intermediar tais depósitos, só que o destinatário seria o ex-deputado Valdemar Costa Neto, do PL.

A Subcomissão dos Contratos, da CPI dos Correios, toma os depoimentos do consultor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Brigadeiro Venâncio Grossi, e de representante da empresa Skymaster, além de promover reunião interna. Já a Subcomissão de Fontes Financeiras ouve o depoimento de Kátia Rabelo, presidente do Banco Rural. A assessoria do senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CPI dos Correios, informou que o senador reuniu-se nesta sexta-feira (26) com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no Palácio do Planalto. Delcídio não divulgou o tema da reunião, porém sua assessoria informou que o senador, entre outros assuntos, iria reclamar do atraso no envio de documentos pelo Banco do Brasil e pelo envio de dados incompletos e com erros.

CPI dos Bingos

O ex-advogado da GTech acusado de intermediar o contato de Rogério Buratti com os dirigentes da multinacional de loterias, Enrico Gianelli, e Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, prestam depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos na terça-feira (30). Na quarta-feira (31) é a vez dos depoimentos de Denivaldo Henrique Almeida, "o professor Henrique", e Roberto Lopes Telhada. Ligado ao ramo de jogos, Henrique teve intensa comunicação com Buratti e Gianelli durante a renovação do contrato de processamento de jogos lotéricos entre a Caixa Econômica Federal e a GTech. Já Telhada é advogado de Buratti. Na quinta-feira (1º), a CPI dos Bingos toma o depoimento de João Francisco Daniel, irmão do petista Celso Daniel, assassinado quando era prefeito de Santo André (SP).

CPI do Mensalão

A CPI Mista do Mensalão também ouvirá, na próxima terça-feira (30), depoimento do proprietário da empresa Guaranhuns Ltda, José Carlos Batista. Na quarta-feira (31), será a vez dos presidentes de fundos de pensão, Sérgio Ricardo Silva Rosa (Previ, do Banco do Brasil), Wagner Pinheiro de Oliveira (Petrus, da Petrobras) e Guilherme Narcizo de Lacerda (Funcef, da Caixa Econômica Federal), em sessão aberta à imprensa. A CPI já ouviu esses presidentes em sessão reservada. A CPI do Mensalão já requisitou a transferência dos dados relativos à quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico que a CPI Mista dos Correios já obteve. Também foi aprovada a transferência de dados de mais oito fundos de pensão, cujos sigilos foram quebrados pela CPI dos Correios: Geap (Funcionários Públicos), Real Grandeza (Furnas), Eletros, Postalis, Centros, Portos, Serpros e Sistel.

Na quinta-feira (1º), os senadores e deputados da CPMI do Mensalão devem ouvir o depoimento de João Cláudio Genu, tesoureiro do Partido Progressista (PP) e assessor parlamentar do líder do PP na Câmara, deputado José Janene (PR). A comissão também realiza, na quinta (1º), reunião administrativa.

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