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Dengue fulminante mata funcionário público após 72 horas

Campo Grande News/ Edivaldo Bitencourt - 22 de março de 2010 - 16:47

A dengue causou mais uma morte em Campo Grande. Eletricista da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul há 31 anos, Joel Mota, 54 anos, morreu após apresentar os sintomas da doença e ficar internado por menos de 72 horas em um hospital particular da Capital.

Esta pode ser a 12ª morte causada pela epidemia na Capital e a 26º no Estado. São sete mortes confirmadas na cidade e mais quatro sob investigação. No Estado, 16 foram confirmadas e nove estão sob suspeita.

Mota apresentou os primeiros sintomas, febre e dores no corpo no domingo, 7 de março. Foi a Hospital El Kadri, onde tomou soro e foi medicado como se tivesse com virose. Na segunda-feira, ele voltou ao hospital, quando a equipe médica passou a tratar o caso como dengue.

Segundo a filha do funcionário público, a auxiliar administrativo Valéria Cristina Mota, 30, o pai voltou a passar mal na quarta-feira à noite. Com febres e muita dor de estomago, ele pediu para ser internado.

Fulminante -Após a internação, o quadro de saúde de Joel Mota se agravou. Na quinta-feira, ele continuava reclamando de muita dor de estomago e dificuldades para urinar.

Na sexta-feira, no segundo dia de internação, ele passou a ter dificuldade de respirar. A médica recomendou a transferência para o CTI (Centro de Terapia Intensiva). Valéria contou que conversou com o pai, que não ofereceu resistência. “Dei um beijo nele e ele falou ta bom filha”, contou Valéria, emocionada.

No sábado, ele já estava em coma, respirava com a ajuda de aparelhos e os rins pararam, o que obrigou a equipe médica a realizar hemodiálise. Os médicos informaram que os músculos tinham paralisados em decorrência da dengue e infeccionado, o que levou o paciente a apresentar febre muito alta.

Ele faleceu na tarde de sábado, em decorrência de insuficiência respiratória, infecção generalizada e “dengue” (conforme descrição do laudo médico).

Alerta – A perda faz Valéria Mota alerta a população para que adote os cuidados para combater a epidemia da doença. “Cada um deve fazer sua parte. Em casa não tem nada, vaso de planta, nada (que acumule água)”, contou, emocionada Valéria.

Campo Grande enfrenta a epidemia de dengue mais letal da sua história. É a segunda epidemia em três anos. Em 2007, mais de 45 mil pessoas contraíram a doença, mas apenas duas pessoas morreram.

Neste ano, com quase 25 mil casos notificados, já são sete mortes confirmadas e mais quatro sob suspeita, sem considerar a de Joel Mota.



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