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Dengue avança e faz 1.306 novas vítimas em 15 dias

Diário da Região - 16 de março de 2016 - 18:00

Em apenas 15 dias, a Secretaria de Saúde de Rio Preto confirmou mais 1.306 novos casos de dengue na cidade. É como se a cada hora, duas pessoas contraíssem o vírus transmitido pelo mosquito Aedes. Com os novos registros, sobe para 3.399 o total de pessoas infectadas neste ano. Desse montante, 15 pacientes apresentaram sinais de alarme ou sintomas graves de dengue. O número de casos neste ano é preocupante porque o volume já representa um avanço de quase 200% em relação aos 1.146 casos confirmados no mesmo período de 2015, ano que teve a segunda maior epidemia da história de Rio Preto.

Outro agravante é o fato de a maioria dos casos confirmados neste ano ser autóctone, ou seja, de pessoas que contraíram o vírus no próprio município. Dos 3.399 pacientes com a doença, apenas 325 são considerados importados. O número de registro da doença vai ficar ainda maior, já que 2.745 exames ainda esperam por resultados. Na tentativa de barrar o avanço do Aedes, nos últimos 15 dias a Secretaria de Saúde tem realizado mutirões aos sábados. Os agentes agora estão trabalhando aos sábados, com incentivo financeiro do governo estadual.

O aumento de casos de dengue em Rio Preto tem causado correria aos hospitais e postos de saúde da rede pública e particular de Rio Preto. Para dar conta do aumento da demanda, o hospital da Unimed reservou dois andares do pronto-socorro apenas para atender pacientes com suspeita de dengue. A cooperativa médica criou, inclusive, um recurso no site que mostra o tempo de espera para o paciente ser atendido. A quantidade de atendimentos na Unimed relacionados à dengue apenas nos dois primeiros meses de 2016 equivale a 54,61% do número total de atendimentos realizados de abril a dezembro de 2015.

"A destinação de áreas específicas para o atendimento de pacientes com suspeita de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti faz parte de um plano de contingência da Unimed Rio Preto devido ao grande fluxo de pacientes que procuram o pronto-atendimento diariamente. O número de clientes aumentou significativamente desde o início do ano, por isso tivemos que nos adequar", explica, Miguel Zerati Filho, presidente da Unimed Rio Preto Na opinião da médica sanitarista Maria Lúcia Machado Salomão, do Hospital de Base, a explosão de casos de dengue pode comprometer o diagnóstico de outras doenças com sintomas parecidos, como H1N1, por exemplo.

"Como a preocupação dos médicos está direcionada para a dengue, doenças graves como a gripe suína podem sofrer notificações tardias", disse a médica. Questionada sobre a explosão de dengue, a secretária de Saúde de Rio Preto, Teresinha Pachá, diz que "têm sido feitos esforços ininterruptos para combate focos do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya". Também é apontada pela secretária como ação de combate à dengue a contratação de mais 57 agentes de saúde e de uma empresa terceirizada para fazer nebulização. Apesar de os postos de saúde estarem inflados de pacientes com sintomas de dengue, a Prefeitura não respondeu se tem planos de criar alas exclusivas para atendimento desses pacientes, como foi feito em anos anteriores.

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