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Demostenes Torres rebate nota publicada na imprensa

Agência Senado - 14 de novembro de 2003 - 07:51

O senador Demostenes Torres (PFL-GO) rebateu ontem nota publicada na Folha de S. Paulo, no último dia 31, atribuída ao deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), segundo a qual o senador, quando foi secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás, teria sido “leniente com o crime organizado em uma delegacia de polícia”.

O senador afirmou que “se trata de uma falta total de compostura com a verdade, clamorosa distorção dos fatos e poderia apenas expressar uma acusação desqualificada se não insultasse a minha honra”.

Demostenes relatou que estava havia oito meses afastado do cargo quando ocorreu o fato que motivou a observação de Devanir. Em 12 de novembro de 2002, narrou, a Polícia Federal prendeu 31 policiais em seis estados por envolvimento com roubo de cargas. A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Goiás era um dos focos de infiltração do crime organizado. O secretário de Segurança Pública do estado na época, e até hoje, é Jônathas Silva, que, assim como o governador Marconi Perillo, afirmou Demostenes, agiu com muita correção e rigidez na solução do problema.

O senador acredita que a nota foi publicada como represália a observação feita por ele à Folha de São Paulo sobre comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que “viajar é a parte mais aprazível do exercício do poder”. Demostenes recomendou ao Palácio do Planalto montar a “Lulatur”. A seu ver, não é a primeira vez que o governo “expõe humores fascistas sempre que uma voz quebra a rotina de unanimidade do governo”.

- Não comentei a predileção do presidente Lula por viajar a governar para a ninguém agradar ou desagradar, mas advirto aos mentores da operação caça-fantasmas que não existem esqueletos no meu armário- afirmou.

O senador criticou o que chamou de paralisia administrativa do governo. O senador acredita que Lula é um “perfeito ilusionista”, uma vez que em suas aparições causa sensações e que o presidente transforma meras intenções, como a transposição do rio São Francisco, em obras prontas e acabadas no discurso. Também comenta alterações constitucionais que ainda tramitam no Congresso como reformas concluídas, disse Demostenes.

O senador afirmou que até hoje, já no fim do ano, o Ministério da Justiça executou apenas 6% do orçamento destinado a investimentos, o que provocou o corte de água e luz em repartições da Polícia Federal. Na educação, continuou, foram investidos apenas 18% das verbas previstas. E no Ministério da Defesa, prosseguiu, os cortes obrigaram a dispensa de reservistas com um mês de antecedência, por falta de recursos. “Dos 33 ministérios, 10 gastaram mais em diárias e passagens do que foi convertido em investimento”, informou. Demostenes disse que a realidade nacional está muito distante do discurso que o presidente vem fazendo desde que tomou posse.

- Lula garantiu que nenhum brasileiro ficaria sem três refeições diárias, mas até o momento não saiu sequer um cafezinho - afirmou.


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