A direção nacional do Democratas (antigo PFL) vai aguardar uma posição final do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a fidelidade partidária para depois decidir se vai tentar reaver os cargos de congressistas, deputados estaduais e vereadores que tenham deixado a legenda após serem eleitos. Segundo o presidente da Comissão de Ética do diretório regional do DEM, Valter Benedito Carneiro Junior, em Mato Grosso do Sul o partido vai seguir a orientação nacional.

Em março, diante de uma consulta feita pelo então PFL, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) respondeu que o mandato pertence ao partido e não ao eleito. Em função dessa interpretação, vários partidos já anunciaram medidas para reaver os cargos ocupados por ex-filiados. Em Dourados, o PDT quer as vagas dos vereadores Edson Lima, que deixou o partido para se filiar ao então PL (atual PR), e de Jucemar Arnal – que migrou para o PV após ser eleito.

Ainda em Dourados, o vereador José Carlos Cimatti também pode ter o mandato ameaçado por infidelidade partidária. Após 20 anos filiado ao PFL, ele deixou o partido em 2005 e se filiou ao PSB. Entretanto, segundo Valter Carneiro Junior, uma eventual ação para reaver a vaga de Cimatti só será tomada após a decisão final do STF. “Já existe uma consulta do PSDB para saber se a decisão vai retroagir ou se vale apenas para as próximas eleições. É mais seguro esperar pela decisão, que deve sair em 30 dias”, afirmou.