O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), descartou há pouco o apoio do partido a um acordo contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado, em troca da relatoria ou presidência de uma CPI na Câmara para a oposição. Ele afirmou que a oposição terá mais condições de atuar em uma investigação do Senado do que na Câmara, pois, pelo critério da proporcionalidade partidária, a base aliada teria mais integrantes em uma comissão na Câmara. "No Senado, os partidos de oposição teriam como trabalhar melhor", disse.

Além do prejuízo em razão da proporcionalidade partidária, Maia acredita que um eventual acordo nesse sentido seria interpretado pela opinião pública como um "acordão" entre governo e oposição.

O vice-líder do PT Mauricio Rands (PE) disse que seu partido está disposto a negociar a composição da mesa na CPI na Câmara para evitar a investigação no Senado. A comissão no Senado, segundo ele, corre o risco de se tornar palco de disputas políticas. Já na Câmara, em sua opinião, a investigação tem mais chances de ser bem-sucedida.

Senado
O requerimento da CPI do Apagão Aéreo no Senado será lido hoje, quando começa a ser contado o prazo de 20 dias para que os líderes indiquem os representantes dos seus partidos na comissão, que terá 13 titulares e 13 suplentes.

Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, depois da leitura do requerimento para criação da comissão e uma vez cumpridos os pressupostos constitucionais (de fato determinado, definição de prazo e previsão de recursos financeiros para a investigação) a CPI se torna irreversível.

Reportagem - Paula Bittar/Rádio Câmara
Edição - Paulo Cesar Santos
Com informações da Agência Senado