Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não quis responder a uma pergunta sobre os nomes que teriam sido beneficiados com recursos sacados do Banco Rural, a partir de empréstimos tomados pelas empresas de Marcos Valério, acusado de operar o mensalão. Delúbio disse que a quebra de sigilo bancário das pessoas e empresas que estão sendo investigadas pela CPI deverá mostrar quem foram os beneficiados pelos saques no banco.

A primeira avaliação dos dados bancários das empresas de Marcos Valério, conforme publicação da imprensa, indica que pagamentos em dinheiro beneficiaram pelo menos três deputados federais do PT, um do PP e um do PL, numa lista de 38 pessoas que sacaram parte dos R$ 25 milhões retirados do Banco Rural.

Para o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), está clara a configuração de tráfico de influência porque o PT conseguiu empréstimos bancários feitos por Marcos Valério, dono das empresas SMP&B e DNA, que deu como garantia contratos com empresas estatais.