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Geral

Delúbio confirma empréstimo contraído pelo PT em 2003

Cristiane Gutierrez/Campo Grande News - 03 de julho de 2005 - 06:30

Em nota divulgada , o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, confirmou as informações da revista Veja sobre o empréstimo de R$ 2,4 milhões contraído pelo PT em 2003 junto ao BMG, bem como o pagamento do montante R$ 349.927,53, feito pelo publicitário Marcos Valério de Souza, avalista da operação. De acordo com informações da Agência Estado, o dirigente petista evita explicar as relações entre o PT e Valério, passando ao largo das denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), segundo as quais o publicitário, cuja agência SMP&B detém importantes contratos de publicidade de órgãos governamentais, era o operador do chamado mensalão.
Delúbio, que também avalizou o empréstimo junto com o presidente do partido, José Genoino, afirma que o PT recorreu a Valério porque o publicitário tinha um patrimônio compatível com o montante da operação, como exigiu o BMG.

Eis a íntegra da nota:

\"Em relação à reportagem da revista Veja sobre o empréstimo do PT com o BMG, esclareço:

1 - Quando indagado pelo presidente José Genoino, sexta-feira (1/7), sobre os avais dos empréstimos do PT, ative-me às operações celebradas com o Banco Rural, mencionadas pela imprensa nas últimas semanas. Transmiti ao Presidente uma informação incompleta e, portanto, equivocada. Por meio desta nota, esclareço questões referentes ao empréstimo do PT junto ao BMG - Banco de Minas Gerais.

2 - No início de 2003, o Partido dos Trabalhadores necessitou de recursos para fazer frente aos seus compromissos financeiros, vindo a celebrar um empréstimo de R$ 2,4 milhões junto ao BMG, com previsão de pagamento em julho daquele ano.

3 - Para a concretização da operação, o banco exigiu avais de terceiros, a começar pelos dirigentes que, no ato, assinavam pelo Partido, Delúbio Soares de Castro e José Genoino Neto.

4 - Como nosso patrimônio é notoriamente insuficiente para garantir uma dívida desse valor, o BMG exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível, tendo Marcos Valério Fernandes de Souza concordado em nos dar essa garantia.

5 - O PT não conseguiu cumprir a obrigação assumida, tendo \"rolado\" a dívida, com pagamentos parciais e prorrogações de vencimento.

6 - Em 1.º de julho de 2004, o PT se comprometeu a pagar de pronto juros no valor de R$ 349.927,53, que também não teve condições financeiras de honrar.

7 - Em razão de sua responsabilidade como avalista, Marcos Valério Fernandes de Souza realizou esse pagamento ao banco, ficando credor dessa importância junto ao PT.

8 - Face à impossibilidade de verificar os documentos contábeis ou consultar o BMG neste fim-de-semana, solicitaremos ao banco na segunda-feira todos os extratos referentes à operação.\"

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