Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Delegado diz que jovem não tinha documento e mentiu

Mariana Jungmann /ABr - 27 de novembro de 2007 - 07:33

Brasília - O superintendente da Polícia Civil no Baixo-Tocantins, Fernando Cunha, e o delegado Celso Iran foram ouvidos ontem (26) sobre a prisão da adolescente que ficou encarcerada com 20 homens no município de Abaetetuba, no interior do Pará.

Segundo a delegada Liane Martins, responsável pelo inquérito administrativo que vai apurar a responsabilidade dos policiais, Celso Iran alegou que a jovem foi presa como maior de idade porque ela mesma forneceu essa informação à polícia. A delegada não soube informar por que a adolescente mentiria sobre a idade.


“Isso é difícil a gente saber. E vai ser mais difícil ainda, porque já que ela foi colocada nesse Programa de [Proteção à] Testemunha, nós dificilmente vamos ouvi-la novamente. Então isso dificulta as investigações, mas não podemos fazer nada, temos que apurar com os dados que a gente tem”, alegou Liana.

Celso Iran prendeu a adolescente em setembro deste ano e alegou, no depoimento, que a moça não possuía nenhum documento de identidade, por isso foi encaminhada para coleta de digitais. Iran afirmou ainda que o Instituto de Identificação da Polícia Civil em Belém não enviou nenhuma resposta sobre o exame das digitais.


Segundo Liana Martins, durante o depoimento o delegado Fernando Cunha alegou que informou à Justiça sobre a prisão da jovem e manteve o flagrante porque também não sabia que ela era menor de idade, já que ela havia sido presa outras vezes como maior.


“O fato é que já havia processo na Justiça contra ela, ela tinha sido ouvida por juízes e promotores e ninguém suscitou que ela era menor de idade”.


A delegada informou ainda que as corregedorias de justiça, do Ministério Público e do sistema penal, vão investigar as responsabilidades de juízes, promotores e da Superintendência do Sistema Penal nesta e nas outras prisões da adolescente.

“Ela já tinha dois processos na Justiça, já tinha participado de audiências, o Ministério Público já tinha visitado a carceragem e visto que tinha uma mulher junto com os homens. Ela diz que avisou para o promotor que era menor de idade, mas ainda vai ser investigado porque o promotor não desconfiou que ela era menor”, informou a delegada.



SIGA-NOS NO Google News